Empresa americana deriva linhagens de células-tronco humanas sem destruir o embrião
Cientistas de uma empresa americana conseguiram obter células-tronco1, consideradas a chave para a cura de inúmeras doenças, sem destruir os embriões das quais elas provêm. A pesquisa foi publicada esta semana na Revista Nature. O coordenador do estudo, Robert Lanza, da companhia ACT (Advanced Cell Technology), em Massachusetts, e colaboradores uniram duas técnicas já usadas, uma para derivar linhagens de células-tronco1 embrionárias humanas e outra para constituir uma espécie de "biópsia2" precoce, hoje recomendada para pais cujos filhos correm risco de ter doenças genéticas sérias. Pelo novo método, é feita uma "biópsia2" no estágio em que embrião, gerado por fertilização3 in vitro, tem oito células4. Uma dessas células4 é retirada e tem seu DNA analisado. As células4 restantes podem ainda ser implantadas no útero5 e dar origem a um bebê, enquanto a que foi retirada dá origem às células-tronco1 embrionárias. Esta técnica foi usada com camundongos e apresentou sucesso. A equipe conseguiu adaptá-la para humanos, mas não há ainda a certeza de que o procedimento não interfira no desenvolvimento normal caso haja a implantação no útero5. Caso este processo seja de fácil reprodução6 em laboratório, significará o fim da principal objeção ética contra a pesquisa com células-tronco1 embrionárias humanas: a destruição do embrião. Fonte: Revista Nature