Anvisa registra o primeiro teste de farmácia para HIV
Action, da empresa Orangelife Comércio e Indústria, é o primeiro autoteste para triagem do HIV1 registrado pela Anvisa. O produto é destinado ao público em geral e poderá ser vendido em farmácias e drogarias. De acordo com a documentação do processo de registro do produto, o teste funciona com a coleta de gotas de sangue2, semelhante aos testes já existentes para medição de glicose3 por diabéticos.
O resultado leva de 15 a 20 minutos para ficar pronto e aparece na forma de linhas que indicam se há ou não presença do anticorpo4 do vírus5 HIV1. A presença do anticorpo4 mostra que a pessoa foi exposta ao vírus5 que provoca a AIDS. O teste funciona para os dois subtipos do vírus5 que provocam a doença.
Saiba mais sobre "O que é a AIDS" e "Infecção6 pelo HIV1".
O autoteste demonstrou sensibilidade e efetividade de 99,9%. Porém, só é capaz de indicar a presença do vírus5 HIV1 30 dias depois da situação de exposição, que é o momento em que a pessoa pode ter tido contato com o vírus5 da AIDS, por uma relação sexual sem proteção ou por compartilhamento de agulhas, por exemplo. Este período de 30 dias é o tempo que o organismo leva para produzir anticorpos7 em níveis detectáveis pelo autoteste. Se uma nova situação de exposição acontecer após esse período, um novo teste precisa ser feito, respeitando o prazo necessário para detecção e as confirmações necessárias.
Entendendo o autoteste para HIV1/AIDS
- O teste Action traz o dispositivo de teste, um líquido reagente, uma lanceta (específica para furar o dedo), um sachê de álcool e um capilar8 (um tubinho para coletar o sangue2).
- O resultado leva de 15 a 20 minutos para aparecer.
- Em caso de resultado negativo, é recomendável que o teste seja repetido em intervalos de 30 dias até completar 120 dias após a exposição. O período sempre deve ser contado a partir da última situação de risco.
- Em caso de resultado positivo, a pessoa deve procurar um serviço de saúde9 para confirmar o resultado com testes laboratoriais e encaminhamento para o tratamento gratuito adequado, se for necessário.
O teste de farmácia para HIV1 não poderá ser usado na seleção de doadores de sangue2, já que, para isso, existem outros procedimentos.
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Fontes: Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Ascom/Anvisa