Azitromicina ligada à estenose hipertrófica do piloro em lactentes, apresentado na ICAAC 2014
Em uma análise retrospectiva, entre 163 crianças que receberam azitromicina nos primeiros 14 dias de vida, cerca de 2% desenvolveram EHP para uma razão de possibilidades (RP) de 7,52 (IC 95% 2,39-23,70, p<0,001), disse Matthew Eberly, da Uniformed Services University of the Health Sciences in Bethesda e colaboradores.
A associação mais forte ocorreu quando a exposição ao antibiótico ocorria nas primeiras duas semanas de vida e persistiu, em menor grau, em crianças entre duas e seis semanas de idade (aumento de duas a três vezes nas chances). O trabalho foi apresentado na Interscience Conference on Antimicrobial Agents and Chemotherapy (ICAAC) 2014.
Os pesquisadores avaliaram o risco associado de exposição à azitromicina oral nos primeiros noventa dias de vida e o desenvolvimento posterior de estenose1 hipertrófica do piloro.
Eles revisaram os casos na base de dados do sistema de saúde2 militar Tricare Management Activity de 2011-2012. De 1,07 milhões de prontuários infantis, eles identificaram 2.466 casos de EHP, uma incidência3 de 2,29 por 1.000.
Das 820 crianças que tinham idades entre 15 e 42 dias de vida, durante o tempo de exposição à azitromicina, cinco desenvolveram EHP (p=0,028). Mas nenhuma das 4.590 crianças que receberam azitromicina em idades entre 43 e 90 dias desenvolveram EHP.
É importante lembrar que dados e conclusões de estudos publicados como um resumo ou apresentados em uma conferência devem ser considerados preliminares até que sejam publicados em um periódico de saúde2 revisado.
Fonte: Interscience Conference on Antimicrobial Agents and Chemotherapy (ICAAC) 2014