Rosiglitazona associada à metformina ou à sulfonilureia não aumenta riscos de eventos cardiovasculares e ajuda na redução da hemoglobina glicosilada, segundo artigo do The Lancet
O estudo RECORD (Rosiglitazone1 Evaluated for Cardiovascular Outcomes and Regulation of Glycemia in Diabetes2 Study), apresentado na 69ª reunião científica da American Diabetes2 Association e publicado simultaneamente no periódico The Lancet, mostrou que a adição de rosiglitazona à metformina3 ou à sulfonilureia não aumentou o risco para morbidade4 e mortalidade5 por eventos cardiovasculares e reduziu mais os níveis de hemoglobina glicada6 quando comparada ao uso de metformina3 e sulfonilureia.
Participaram do estudo multicêntrico 4447 pacientes com diabetes tipo 27 em uso de rosiglitazona e metformina3 e/ou rosiglitazona e sulfonilureia (n=2220), e um grupo controle em uso de metformina3 e sulfonilureia (n=2227) por um período de 5- 7 anos. A média de A1C8 (HbA1c9) era de 7,9%. O objetivo principal do estudo foi avaliar as hospitalizações e mortes por eventos cardiovasculares.
As conclusões confirmam que a adição de rosiglitazona à metformina3 ou à sulfonilureia em pessoas com diabetes tipo 27 pode aumentar a insuficiência cardíaca10 e algumas fraturas ósseas, principalmente em mulheres. Embora os dados não sejam conclusivos sobre possíveis efeitos no infarto do miocárdio11, a rosiglitazona não aumentou o risco para morbidade4 e mortalidade5 por eventos cardiovasculares com o uso em associação com estas medicações hipoglicemiantes12. Os níveis médios de HbA1C9 foram menores no grupo em uso da rosiglitazona do que no grupo controle durante os 5 anos de seguimento.