Níveis mais altos de folato estão associados à redução de risco para Doença de Alzheimer
Estudo publicado na edição de janeiro do Archives of Neurology mostra que pesquisadores da Columbia University Medical Center, em Nova York, descobriram que maiores níveis de folato no organismo estão associados à diminuição do risco de desenvolvimento da Doença de Alzheimer1. O total de ingestão e de suplementos de vitaminas B6, B12, folato e as quilocalorias foram estimados por respostas em questionários. O seguimento dos indivíduos foi feito a cada 18 meses, por um período de 6 anos e meio. A média de ingestão de folato, vitamina4 B12 e vitamina4 B6 foi de 446 µg, 12.6 µg e 7,1 mg respectivamente. Durante este tempo, 192 indivíduos desenvolveram Doença de Alzheimer1. O diagnóstico5 foi feito após consenso entre 5 especialistas usando critérios padrão de diagnóstico5. Quando os participantes foram divididos em 4 grupos, de acordo com os níveis de folato, os pesquisadores observaram que o risco para Doença de Alzheimer1 era menor no grupo em que os níveis de folato eram maiores e que esta associação era estatisticamente significante. A hipótese inicial do estudo era de que uma maior ingestão de folato e de vitaminas B6 e B12 (as quais reduzem a homocisteína - conhecido fator de risco6 para doença cardiovascular e derrame7 que pode estar associada a um risco maior de Doença de Alzheimer1) resultaria em um menor risco de Doença de Alzheimer1. Os pesquisadores também observaram uma associação fraca entre homocisteína e risco de Doença de Alzheimer1. De acordo com os resultados, não existe redução de risco associado aos níveis de vitaminas B6 e B12. No entanto, encontraram uma associação entre os níveis aumentados de folato e a redução do risco para esta doença. Além disso, eles acharam que, isolados, o folato presente na dieta ou em suplementos não está ligado à redução do risco, mas a combinação dos dois produziu efeito protetor. Os autores alertam que este é um estudo observacional e que devem ser feitos estudos randomizados e controlados para inferências de causa e efeito. Eles falam sobre um trabalho publicado em abril de 2005 no Archives of Neurology sugerindo que a ingestão aumentada de folato está associada a um risco maior de declínio cognitivo8. Estes resultados conflitantes alertam para a necessidade de novos estudos na área. Fonte: Archives of Neurology
Participaram do estudo longitudinal 965 indivíduos com 65 anos de idade ou mais que não tinham demência2 e apresentavam maior prevalência3 de fatores de riscos cardiovasculares. Os pesquisadores observaram que níveis mais altos de folato estavam associados a um menor risco de Doença de Alzheimer1.