Inflamação do tecido adiposo da mama e elevação da aromatase mamária em mulheres com índice de massa corporal normal podem contribuir para o câncer de mama
A obesidade1 está associada com inflamação2 do tecido adiposo3 branco (WAT), níveis elevados da enzima4 biossintética de estrogênio, aromatase e alterações sistêmicas que têm sido associadas à patogênese5 do câncer6 de mama7. Neste trabalho publicado pela Cancer6 Prevention Research, os pesquisadores determinaram se a obesidade1 metabólica, incluindo mudanças na biologia da mama7 e efeitos sistêmicos8, ocorre em um subconjunto de mulheres com índice de massa corporal9 (IMC10) normal.
Saiba mais sobre "Obesidade1", "Câncer6 de mama7" e "Cálculo11 do IMC10".
Foram coletados tecidos adiposos do seio12 e sangue13 em jejum de 72 mulheres com IMC10 normal (<25 kg/m²) submetidas à mastectomia14 para redução do risco de câncer6 de mama7 ou para tratamento. A inflamação2 do tecido adiposo3 mamário foi definida pela presença de estruturas tipo coroa da mama7 (CLS-B) que são compostas de adipócitos15 mortos ou doentes rodeados por macrófagos16. A gravidade da inflamação2 foi medida como CLS-B/cm².
O objetivo principal foi determinar se a inflamação2 do tecido adiposo3 do seio12 está associada à expressão e atividade da aromatase. Os objetivos secundários incluíram a avaliação dos fatores circulantes e o tamanho dos adipócitos15 da mama7. A inflamação2 do tecido adiposo3 do seio12 esteve presente em 39% das mulheres. A mediana do IMC10 foi de 23,0 kg/m² (variação, 18,4-24,9 kg/m²) em mulheres com inflamação2 do tecido adiposo3 do peito17 em comparação com 21,8 kg/m² (faixa de 17,3-24,6 kg/²) naquelas sem inflamação2 (P=0,04).
A inflamação2 do tecido adiposo3 do peito17 foi associada com elevada expressão e atividade da aromatase, que aumentou com a gravidade da inflamação2 (P<0,05). A inflamação2 do tecido adiposo3 do seio12 correlacionou-se com maiores adipócitos15 (P=0,01) e maiores níveis circulantes de proteína C-reativa, leptina18, insulina19 e triglicérides20 (P≤0,05).
Um estado inflamatório subclínico associado à elevação da aromatase na mama7, hipertrofia21 dos adipócitos15 e disfunção metabólica sistêmica ocorre em algumas mulheres com IMC10 normal e pode contribuir para a patogênese5 do câncer6 de mama7.
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Fonte: Cancer6 Prevention Research, volume 10, número 4, de abril de 2017