Linaclotide reduz sintomas da constipação crônica em dois ensaios clínicos. O artigo foi publicado pelo NEJM
Em dois ensaios clínicos1 publicados pelo periódico New England Journal of Medicine com o objetivo de determinar a eficácia e a segurança do linaclotide em pacientes com constipação2 crônica, o fármaco3 reduziu, com raros efeitos adversos, os sintomas4 abdominais.
Foram realizados dois estudos randomizados, multicêntricos, duplo-cegos, de grupos paralelos, controlados por placebo5, envolvendo 1.276 pacientes com constipação2 crônica. Os pacientes receberam placebo5 ou linaclotide, 145 mg ou 290 mg, uma vez por dia, durante 12 semanas. O objetivo primário de eficácia foi de três ou mais evacuações espontâneas completas por semana e um aumento de uma ou mais evacuações espontâneas completas em relação ao início dos estudos durante pelo menos 9 das 12 semanas. Os eventos adversos também foram monitorados.
No primeiro e no segundo ensaios clínicos1, respectivamente, o objetivo primário foi alcançado por 21,2% e 16% dos pacientes que receberam 145 mg de linaclotide e por 19,4% e 21,3% dos pacientes que receberam 290 mg de linaclotide, quando comparados a 3,3% e 6,0% dos que receberam placebo5 (P <0,01 para todas as comparações de linaclotide com placebo5). A incidência6 de eventos adversos foi similar entre todos os grupos do estudo, com exceção de diarreia7, que levou à descontinuação do tratamento em 4,2% dos pacientes em ambos os grupos linaclotide.
O linaclotide é um oligopeptídeo que é degradado na própria parede intestinal, não apresentando, consequentemente, efeitos sistêmicos8.
Nestes dois ensaios clínicos1 de 12 semanas, o medicamento reduziu significativamente os sintomas4 abdominais em pacientes com constipação2 crônica. Estudos adicionais são necessários para avaliar o potencial de riscos e benefícios na constipação2 crônica no longo prazo.
Fonte: NEJM de 11 de agosto de 2011