Apoio aos pacientes: a maioria das dores de cabeça não é necessariamente sinal de doenças graves
Dor de cabeça” é a expressão popular para o termo técnico “cefaléia”. Existem vários tipos de dor de cabeça1. A classificação da Sociedade Internacional de Cefaléia2 reconhece mais de 150 tipos diferentes.
Se você sente dores de cabeça1, isso não significa necessariamente que você é portador de uma doença neurológica grave. Oitenta por cento dos adultos vão ter, pelo menos uma vez na vida, um tipo de dor de cabeça1 conhecida como cefaléia2 tensional, a mais comum de todos os tipos de cefaléias3. Outras razões podem levar a dores de cabeça1: estresse, insônia, cansaço, exageros alimentares, etc. Por outro lado, a dor de cabeça1 também pode acompanhar doenças graves como infecções4 do sistema nervoso5, tumores, hemorragias6 intracranianas, isquemias7, trombose8 venosa, dentre outras. No entanto, as dores de cabeça1 decorrentes de problemas graves são a minoria.
Ela pode ser o principal sintoma9 de uma condição na qual não são identificadas alterações estruturais, metabólicas, tóxicas ou infecciosas como causa. Sua origem reside em alterações bioquímicas cerebrais, podendo ser determinadas geneticamente. Essas são as chamadas cefaléias3 primárias, que costumam se repetir com regularidade. São exemplos de cefaléias3 primárias a enxaqueca10, a cefaléia2 do tipo tensional, a cefaléia2 em salvas, dentre outras. Quando a dor de cabeça1 é conseqüência de lesões11 ou outras alterações, elas são classificadas como cefaléias3 secundárias. Entre as causas de cefaléias3 secundárias estão sinusites agudas, infecções4 do sistema nervoso5 ou sistêmicas, tumores, problemas cervicais e muitas outras.
Isso não quer dizer que as cefaléias3 primárias não tragam incômodos para o indivíduo. No entanto, elas não ocasionam seqüelas e podem ser prevenidas ou tratadas de maneira adequada com a orientação de médicos.
Existem alguns sinais12 que orientam para a possibilidade de uma cefaléia2 secundária:
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Cefaléia2 de início recente. Quanto mais recente é o início de uma dor de cabeça1, maior a chance de se tratar de uma cefaléia2 secundária.
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Cefaléia2 pré-existente que apresenta modificação nas suas características habituais. Pode-se estar diante de uma nova forma de cefaléia2.
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Cefaléia2 com intensidade progressivamente maior ao longo dos dias ou semanas. Essa é uma característica da cefaléia2 por hipertensão13 intracraniana e deve ser investigada. Mas não obrigatoriamente trata-se deste tipo de cefaléia2.
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A primeira ou a “pior dor de cabeça1 da vida”.
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Associação da dor de cabeça1 com febre14, vômito15 (exceto se já ocorrem há muito tempo, de forma repetida, junto com as dores de cabeça1, sem deixarem conseqüências, como ocorre na enxaqueca10), rigidez do pescoço16, visão17 dupla, estrabismo18, paralisia19 facial, queda da pálpebra, diferença no tamanho das pupilas, crises epilépticas, confusão, alterações cognitivas e comportamentais ou qualquer outro sintoma9 neurológico.
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Cefaléia2 de início após os 50 anos. A maioria das cefaléias3 primárias tem início antes dessa idade.
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Cefaléia2 que ocorre durante esforço físico, atividade sexual ou tosse. Existem formas benignas de cefaléias3 que ocorrem com o esforço, atividade sexual e tosse, mas essa é uma queixa que deve ser investigada.
Se você apresenta algum desses sinais12 de alerta, é aconselhável que você procure um médico. É possível reduzir a freqüência e a intensidade das crises de dor de cabeça1 e torná-las mais responsivas aos medicamentos, através de um tratamento preventivo20. A maioria dos pacientes obtém melhora significativa em poucos meses com um tratamento preventivo20. Com ele, é possível reduzir a freqüência do uso de medicações sintomáticas, tornando menos provável a cronificação da dor pelo abuso de medicamentos.