Pesquisa questiona relação entre doença não-proliferativa e o câncer de mama
A doença benigna da mama1 está sendo diagnosticada mais freqüentemente com o rastreamento realizado pela mamografia2, a qual faz uma estimativa de risco mais confiável para mulheres que recebem este diagnóstico3, de acordo com o Dr. Lynn C. Hartmann, da Mayo Clinic College of Medicine in Rochester, Minnesota. Para a investigação, foram observadas 9087 mulheres tratadas para doença benigna da mama1 entre 1967 e 1991 na Mayo Clinic. Doença não proliferativa foi diagnosticada em 66,7%, doença proliferativa sem atipia em 29,6% e hiperplasia4 com atipia em 3,7%. Durante 15 anos de seguimento, 707 casos de câncer5 de mama1 foram documentados. O risco relativo associado com atipia comparado ao da população geral foi de 4,24. Para lesões6 proliferativas sem atipia e para lesões6 não proliferativas foi de 1,88 e 1,27 respectivamente. O risco excessivo persistiu por pelo menos 25 anos depois da biópsia7 inicial. Os autores observaram uma significante interação entre idade e hiperplasia4 atípica. O risco de câncer5 de mama1 foi 6,99 vezes maior que o risco esperado quando o diagnóstico3 ocorreu antes da idade de 45 anos e 3,37 vezes maior se diagnosticado depois de 55 anos. A presença de história familiar para câncer5 de mama1 tem algum efeito no risco associado com a histopatologia8. Entre mulheres com achados não proliferativos e com pelo menos um parente de primeiro grau com câncer5 de mama1, o risco relativo foi de 1,62. Naqueles sem história familiar, o risco não foi mais elevado do que o visto na população geral. Entre as mulheres com hiperplasia4 atípica e sem história familiar, o risco relativo foi de 2,95. E naquelas com história familiar foi de 4,00. Em um artigo relacionado, o Dr. Joann G. Elmore da University of Washington School of Medicine em Seattle e o Dr. Gerd Gigerenzer do Max Planck Institute for Human Development em Berlim esclareceram que embora o risco relativo deva ser explicado para os pacientes, "deve-se deixar claro que este é um risco para o diagnóstico3, não um risco de morte, e que o tratamento melhorou acentuadamente nos últimos anos".