Obesidade materna e sua influência no peso do nascimento da prole
Os recém-nascidos de mulheres com sobrepeso1 ou obesas são maiores e têm maior risco de complicações no parto. Muitos traços associados à obesidade2 materna são observacionalmente associados ao peso ao nascer, mas a natureza causal destas associações é incerta.
Foi realizado um estudo de randomização mendeliana para testar se o índice de massa corporal3 (IMC4) materno e os traços associados à obesidade2 materna são potencial e causalmente relacionados ao peso da prole ao nascimento. Os dados de 30487 mulheres em 18 estudos foram analisados. Os participantes eram de ascendência europeia a partir de estudos populacionais ou de base comunitária na Europa, América do Norte ou na Austrália e faziam parte do Early Growth Genetics Consortium. Recém-nascidos vivos, únicos e a termo, nascidos entre 1929 e 2013, foram incluídos na pesquisa.
Escores genéticos para IMC4, nível de glicose5 de jejum, diabetes6 tipo 2, pressão arterial sistólica7 (PAS), nível de triglicérides8, colesterol9 de alta densidade (HDL10-colesterol9), situação da vitamina11 D e nível de adiponectina foram avaliados, assim como o peso ao nascer.
Entre os 30487 recém-nascidos, o peso médio nos vários grupos variou de 3325g a 3679 gramas. Concluiu-se neste trabalho que escores maternos de IMC4 e de glicemia de jejum12 geneticamente elevados foram potencial e causalmente associados ao maior peso de nascimento da prole, enquanto que os escores maternos para PAS geneticamente elevados foram potencial e causalmente relacionados ao menor peso ao nascer. Se replicadas, essas descobertas podem ter implicações para o aconselhamento de gestações, evitando resultados adversos de peso ao nascimento.