The Lancet: exame para rastrear câncer de ovário pode ajudar na redução da mortalidade pelo tumor
O câncer1 de ovário2 tem um prognóstico3 ruim, com sobrevivência4 de apenas 40% das pacientes em cinco anos. Um ensaio clínico randomizado5, publicado pelo The Lancet, procurou estabelecer o efeito da detecção precoce, através do rastreamento do câncer1 de ovário2, na mortalidade6 por este tipo de tumor7. No entanto, o estudo ainda não prova que este tipo de triagem possa valer a pena.
Cerca de 20 mil mulheres na pós-menopausa8, com idades entre 50 e 74 anos, foram recrutadas para o estudo a partir de 13 centros do National Health Service Trusts na Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte. Os critérios de exclusão foram ooforectomia9 bilateral prévia ou malignidade ovariana, aumento do risco de câncer1 de ovário2 familiar e tumores malignos ativos não-ovarianos.
Cerca de 50 mil mulheres fizeram rastreamento multimodal com CA125 anual, cerca de 50 mil com ultrassonografia10 transvaginal e cerca de 100 mil não fizeram rastreamento. Os resultados mostraram que, ao longo de 14 anos de acompanhamento, houve redução na mortalidade6 de mais ou menos 15% com o CA125 e de 11% com a ultrassonografia10 transvaginal.
Observou-se uma redução significativa da mortalidade6 com o rastreamento com o CA125 quando foram excluídos casos prevalentes. Mas ainda é necessário fazer novos estudos antes de serem adotadas conclusões firmes sobre a eficácia e a relação custo-benefício deste rastreamento do câncer1 de ovário2 em grandes populações.
Fonte: The Lancet, publicação online, de 17 de dezembro de 2015