JAMA publica revisão sobre diagnóstico e tratamento da acalásia
A acalásia afeta significativamente a qualidade de vida dos pacientes e pode ser difícil diagnosticá-la e tratá-la. A revisão da literatura foi feita com pesquisa de artigos no MEDLINE a partir de janeiro de 2004 a fevereiro de 2015. Um total de 93 artigos foi incluído na revisão final abordando aspectos da epidemiologia, fisiopatologia1, diagnóstico2, tratamento e resultados sobre acalásia. Nove ensaios clínicos3 randomizados com foco em terapia endoscópica ou cirúrgica para acalásia foram incluídos (734 pacientes no total).
Um diagnóstico2 de acalásia deve ser considerado quando os pacientes apresentam disfagia4, dor no peito5 e sintomas6 de refluxo refratários7 após uma endoscopia8 não revelar uma obstrução mecânica ou uma causa inflamatória de sintomas6 relativos ao esôfago9. A manometria deve ser realizada se houver suspeita de acalásia. Ensaios clínicos3 randomizados apoiam tratamentos voltados para fazer a dilatação pneumática do esfíncter10 inferior do esôfago9 (70% - 90% de eficácia) ou miotomia laparoscópica (88% - 95% de eficácia). Os pacientes com acalásia têm um prognóstico11 variável após endoscopia8 ou miotomia cirúrgica baseado nos subtipos de acalásia que apresentam. O tipo II (peristaltismo12 ausente com padrões anormais de alta pressão panesofágica) tendo um resultado muito favorável (96%) e o tipo I (peristaltismo12 ausente sem pressão anormal) tendo um prognóstico11 intermediário (81%) que está inversamente relacionado ao grau de dilatação esofágica. Em contraste, o tipo III (peristaltismo12 ausente com contrações espásticas do esôfago9 distal13) é uma variante espástica com resultados menos favoráveis (66%) após o tratamento do esfíncter10 inferior do esôfago9.
Concluiu-se, nesta revisão, que a acalásia deve ser considerada quando a disfagia4 está presente e não explicada por uma obstrução ou processo inflamatório. As respostas ao tratamento variam com base em qual subtipo de acalásia está presente.
Fonte: The Journal of the American Medical Association (JAMA), volume 313, número 18, de 12 de maio de 2015