Depressão pode dobrar risco de demência, segundo estudo publicado no periódico Neurology
Estudo com dezessete anos de seguimento, publicado no periódico Neurology, analisou a presença de sintomas1 depressivos e o risco de demência2 em participantes do estudo Framingham Heart Study. Os resultados mostram que a depressão está associada a um aumento no risco de demência2 e doença de Alzheimer3.
A depressão pode estar associada com o aumento no risco de demência2, embora o resultado de outras análises populacionais seja inconsistente. No presente estudo foi avaliada a associação entre sintomas1 depressivos e a incidência4 de demência2 durante dezessete anos de acompanhamento de 949 participantes do Framingham Heart Study (63,6% mulheres com idade média de 79 anos). O diagnóstico5 de depressão, presente em 13,2% da amostra, foi realizado no ponto de corte 16 da “Escala de rastreamento populacional para depressão” (CES-D) desenvolvida pelo National Institute of Mental Health.
Durante o seguimento, 164 participantes desenvolveram demência2. Destes, 136 casos eram casos de doença de Alzheimer3. Um total de 21,6% dos participantes deprimidos no início do estudo desenvolveu demência2, em comparação a 16,6% daqueles não deprimidos. Os indivíduos deprimidos tinham um risco 50% maior de desenvolver demência2 e doença de Alzheimer3. Os resultados eram semelhantes quando participantes em uso de antidepressivos para tratar a depressão eram incluídos nas análises. Para cada aumento de 10 pontos no ponto de corte da CES-D, o risco para demência2 e doença de Alzheimer3 aumentava significativamente.
Concluiu-se que a depressão pode ser um fator de risco6 para demência2, que o uso de antidepressivos não diminui este risco e que as pessoas com risco aumentado para depressão devem ser encorajadas a ter atitudes que possam ajudar na prevenção desta condição.