Apneia obstrutiva do sono em adultos: nova diretriz de prática clínica do American College of Physicians
O American College of Physicians (ACP) desenvolveu esta diretriz para apresentar as provas e fornecer as recomendações clínicas sobre a gestão da apneia obstrutiva do sono1 (SAOS) em adultos.
Esta orientação é baseada na literatura, publicada de 1966 a setembro de 2010, que foi identificada nas bases de dados MEDLINE, Cochrane Central Register of Controlled Trials e no Cochrane Database of Systematic Reviews. Uma pesquisa suplementar no MEDLINE identificou artigos adicionais até outubro de 2012. As buscas foram limitadas a publicações em língua2 inglesa. Os desfechos clínicos avaliados por esta diretriz incluíram doença cardiovascular (como insuficiência cardíaca3, hipertensão4, acidente vascular cerebral5 e infarto do miocárdio6), diabetes tipo 27, morte, medidas de estudo do sono (como a apneia8 e hipopneia), medidas do status cardiovascular (como pressão arterial9 sanguínea), medidas do status de diabetes10 (tais como os níveis de hemoglobina11 A1c12) e qualidade de vida. Esta diretriz avaliou as evidências e recomendações utilizando o sistema de classificação das práticas clínicas do ACP.
As principais recomendações são:
- Recomendação 1: O ACP recomenda que todos os pacientes com sobrepeso13 e obesos diagnosticados com apneia obstrutiva do sono1 (SAOS) sejam encorajados a perder peso. (Grau: recomendação forte; evidências de baixa qualidade).
- Recomendação 2: O ACP recomenda o tratamento com pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) como terapia inicial para pacientes14 diagnosticados com SAOS. (Grau: recomendação forte; evidências de qualidade moderada).
- Recomendação 3: O ACP recomenda dispositivos intraorais de avanço mandibular como uma terapia alternativa para o tratamento com pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) para os pacientes diagnosticados com SAOS que preferem os dispositivos mandibulares ou para aqueles com efeitos adversos associados ao tratamento com CPAP. (Grau: recomendação fraca; evidências de baixa qualidade).
Fonte: Annals of Internal Medicine, publicação online, de 24 de setembro de 2013