Pesquisa revela: nozes combatem danos de gordura nas artérias e trazem mais benefícios que o azeite
Comer nozes após a refeição pode ajudar a diminuir os malefícios causados às artérias1 por comidas gordurosas. Realizado pelo Hospital Clínico da Universidade de Barcelona e publicado Journal of the American College of Cardiology, o estudo recrutou 24 adultos, metade com níveis normais de colesterol2 e a outra metade com níveis moderadamente altos. Cada paciente recebeu duas refeições contendo salame gorduroso e queijo, com uma semana de intervalo entre elas. Em uma das refeições, os pesquisadores adicionaram cinco colheres de chá de azeite de oliva. Na outra, foram adicionadas oito nozes.
Os testes revelaram que tanto o azeite quanto as nozes ajudam a reduzir a repentina inflamação3 e oxidação das artérias1 que acontece após uma refeição rica em gorduras saturadas4. Além disso, os resultados indicaram que as nozes ajudam a preservar a elasticidade5 e flexibilidade das artérias1, independente dos níveis de colesterol2.
As dietas ricas em gordura6 atrapalham a produção de óxido nítrico, uma substância necessária para manter as artérias1 flexíveis. Com o tempo, isso pode causar o endurecimento das artérias1 e aumentar os riscos de doenças cardíacas e derrames.
A noz contém arginina, um aminoácido usado pelo corpo para produzir o óxido nítrico, contém ainda antioxidantes e ácido alfa-linolênico, uma substância à base de plantas com propriedades beneficiais à saúde7.
As nozes têm gorduras protetoras que não estão presentes no azeite de oliva. As pessoas que tem uma dieta mediterrânea8 acreditam que os benefícios são gerados pelo azeite. Esta pesquisa mostrou que provavelmente há outros fatores, inclusive a presença de nozes, que podem ser mais benéficos.
Os pesquisadores alertam para que as pessoas não deduzam que podem comer o que quiserem caso consumam também nozes. A indicação é para que incluam uma dose diária de 28 gramas de nozes como parte de uma dieta equilibrada, limitando as gorduras saturadas4.
Confira o estudo completo publicado no Journal of the American College of Cardiology (pdf).
Fonte: American College of Cardiology