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Estudo sugere genética como causa, não apenas como risco, para algumas formas de Alzheimer

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Cientistas estão propondo uma nova forma de compreender a genética da doença de Alzheimer1, o que significaria que até um quinto dos pacientes seriam considerados como tendo uma forma da doença geneticamente causada.

É quase certo que as pessoas com duas cópias da variante genética APOE4 contrairão a doença de Alzheimer2, dizem os pesquisadores, que propuseram uma estrutura sob a qual esses pacientes poderiam ser diagnosticados anos antes dos sintomas3.

Atualmente, a grande maioria dos casos de Alzheimer1 não tem uma causa claramente identificada. A nova designação, proposta num estudo publicado na revista Nature Medicine, poderá ampliar o âmbito dos esforços para desenvolver tratamentos, incluindo terapia genética, e afetar o desenho de ensaios clínicos4.

Poderia também significar que centenas de milhares de pessoas só nos Estados Unidos poderiam, se assim o desejassem, receber um diagnóstico5 de Alzheimer1 antes de desenvolverem quaisquer sintomas3 de declínio cognitivo6, embora atualmente não existam tratamentos para pessoas nessa fase.

A nova classificação tornaria este tipo de Alzheimer1 uma das doenças genéticas mais comuns no mundo, disseram especialistas médicos.

“Esta reconceitualização que propomos não afeta uma pequena minoria de pessoas”, disse o Dr. Juan Fortea, autor do estudo e diretor da Unidade de Memória Sant Pau, em Barcelona, Espanha. “Às vezes dizemos que não sabemos a causa da doença de Alzheimer”, mas, disse ele, isso significaria que cerca de 15 a 20 por cento dos casos “podem ser atribuídos a uma causa, e a causa está nos genes.”

A ideia envolve uma variante genética chamada APOE4. Os cientistas sabem há muito tempo que herdar uma cópia da variante aumenta o risco de desenvolver Alzheimer1 e que as pessoas com duas cópias, herdadas de cada progenitor, têm um risco muito aumentado.

Leia sobre "Mal de Alzheimer1", "Demência7", "Doenças neurodegenerativas" e "Doenças congênitas8, genéticas e hereditárias".

O novo estudo analisou dados de mais de 500 pessoas com duas cópias de APOE4, um conjunto significativamente maior do que em estudos anteriores. Os pesquisadores descobriram que quase todos esses pacientes desenvolveram a patologia9 biológica da doença de Alzheimer2, e os autores dizem que duas cópias da APOE4 devem agora ser consideradas uma causa da doença de Alzheimer2 – e não simplesmente um fator de risco10.

Os pacientes também desenvolveram a patologia9 de Alzheimer1 relativamente jovens, descobriu o estudo. Aos 55 anos, mais de 95% tinham marcadores biológicos associados à doença. Aos 65 anos, quase todos apresentavam níveis anormais de uma proteína chamada amiloide, que forma placas11 no cérebro12, uma característica do Alzheimer1. E muitos começaram a desenvolver sintomas3 de declínio cognitivo6 aos 65 anos, mais jovens do que a maioria das pessoas sem a variante APOE4.

“O ponto crítico é que estes indivíduos são frequentemente sintomáticos 10 anos mais cedo do que aqueles com outras formas da doença de Alzheimer”, disse a Dra. Reisa Sperling, neurologista13 do Mass General Brigham em Boston e autora do estudo.

Ela acrescentou: “No momento em que são detectados e diagnosticados clinicamente, porque geralmente são mais jovens, eles têm mais patologia”.

Pessoas com duas cópias, conhecidas como homozigotos APOE4, representam 2 a 3 por cento da população em geral, mas estima-se que representem 15 a 20 por cento das pessoas com demência7 de Alzheimer1, disseram os especialistas. As pessoas com uma cópia representam cerca de 15 a 25 por cento da população em geral e cerca de 50 por cento dos pacientes com demência7 de Alzheimer1.

A variante mais comum é chamada APOE3, que parece ter um efeito neutro no risco de Alzheimer1. Cerca de 75 por cento da população em geral possui uma cópia de APOE3 e mais da metade da população em geral possui duas cópias.

Especialistas em Alzheimer1 não envolvidos no estudo disseram que classificar a condição de duas cópias como Alzheimer1 geneticamente determinado poderia ter implicações significativas, incluindo o incentivo ao desenvolvimento de medicamentos além do recente foco principal da área em tratamentos que visam e reduzem a amiloide.

O Dr. Samuel Gandy, pesquisador de Alzheimer1 no Mount Sinai, em Nova York, que não esteve envolvido no estudo, disse que os pacientes com duas cópias de APOE4 enfrentaram riscos de segurança muito maiores com medicamentos antiamiloides.

Quando a Food and Drug Administration aprovou o medicamento antiamiloide Leqembi no ano passado, exigiu um aviso de caixa preta no rótulo dizendo que o medicamento pode causar “eventos graves e potencialmente fatais”, como inchaço14 e sangramento no cérebro12, especialmente para pessoas com duas cópias de APOE4. Alguns centros de tratamento decidiram não oferecer Leqembi, uma infusão intravenosa, a esses pacientes.

Dr. Gandy e outros especialistas disseram que classificar esses pacientes como portadores de uma forma genética distinta de Alzheimer1 estimularia o interesse no desenvolvimento de medicamentos que sejam seguros e eficazes para eles e acrescentaria urgência15 aos esforços atuais para prevenir o declínio cognitivo6 em pessoas que ainda não apresentam sintomas3.

“Em vez de dizer que não temos nada para você, vamos procurar um ensaio”, disse o Dr. Gandy, acrescentando que esses pacientes deveriam ser incluídos nos ensaios em idades mais jovens, dado o quão cedo a patologia9 inicia.

Além de tentar desenvolver medicamentos, alguns pesquisadores estão explorando a edição genética para transformar a APOE4 numa variante chamada APOE2, que parece proteger contra a doença de Alzheimer2. Outra abordagem de terapia genética em estudo envolve a injeção16 de APOE2 no cérebro12 dos pacientes.

O novo estudo teve algumas limitações, incluindo a falta de diversidade, que pode tornar os resultados menos generalizáveis. A maioria dos pacientes no estudo tinha ascendência europeia. Embora duas cópias do APOE4 também aumentem muito o risco de Alzheimer1 em outras etnias, os níveis de risco diferem, disse o Dr. Michael Greicius, neurologista13 da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, que não esteve envolvido na pesquisa.

“Um argumento importante contra a interpretação dos pesquisadores é que o risco de doença de Alzheimer2 em homozigotos APOE4 varia substancialmente entre diferentes ascendências genéticas”, disse o Dr. Greicius, co-autor de um estudo que descobriu que pessoas brancas com duas cópias de APOE4 tinham 13 vezes mais risco do que pessoas brancas com duas cópias de APOE3, enquanto pessoas negras com duas cópias de APOE4 tinham 6,5 vezes mais risco do que pessoas negras com duas cópias de APOE3.

“Isso tem implicações críticas ao aconselhar os pacientes sobre o risco genético para a doença de Alzheimer2, informado pela ancestralidade”, disse ele, “e também fala de alguma genética e biologia ainda a serem descobertas que presumivelmente impulsionam essa enorme diferença de risco”.

De acordo com a atual compreensão genética da doença de Alzheimer2, menos de 2% dos casos são considerados geneticamente causados. Alguns desses pacientes herdaram uma mutação17 em um dos três genes e podem desenvolver sintomas3 já aos 30 ou 40 anos. Outros são pessoas com síndrome de Down18, que possuem três cópias de um cromossomo19 contendo uma proteína que muitas vezes leva ao que é chamado de doença de Alzheimer2 associada à síndrome de Down18.

Sperling disse que se acredita que as alterações genéticas nesses casos alimentam o acúmulo de amiloide, enquanto se acredita que o APOE4 interfere na eliminação do acúmulo de amiloide.

Segundo a proposta dos pesquisadores, ter uma cópia de APOE4 continuaria a ser considerado um fator de risco10, não suficiente para causar a doença de Alzheimer2, disse a Dra. É incomum que as doenças sigam esse padrão genético, chamado “semidominância”, com duas cópias de uma variante causando a doença, mas uma cópia apenas aumentando o risco, disseram os especialistas.

A nova recomendação levantará questões sobre se as pessoas devem fazer o teste para determinar se têm a variante APOE4.

O Dr. Greicius disse que até que haja tratamentos para pessoas com duas cópias de APOE4 ou ensaios de terapias para prevenir o desenvolvimento de demência7, “minha recomendação é que se você não tiver sintomas3, você definitivamente não deveria descobrir seu status de APOE”.

Ele acrescentou: “Isso só causará tristeza neste momento”.

Encontrar maneiras de ajudar esses pacientes deve ocorrer o quanto antes, disse a Dra. Sperling, acrescentando: “Esses indivíduos estão desesperados, eles viram isso em ambos os pais com frequência e realmente precisam de terapia”.

Veja também sobre "Genética - conceitos básicos", "Edição genética - o que é e para que serve" e "Mutações genéticas".

Confira a seguir o resumo do artigo publicado.

A homozigose APOE4 representa uma forma genética distinta da doença de Alzheimer2

Este estudo teve como objetivo avaliar o impacto da homozigose APOE4 na doença de Alzheimer2 (DA), examinando20 suas alterações clínicas, patológicas e de biomarcadores para verificar se os homozigotos APOE4 constituem uma forma distinta e geneticamente determinada de DA.

Foram analisados dados do Centro Coordenador Nacional de Alzheimer1 e de cinco grandes coortes com biomarcadores de DA. A análise incluiu 3.297 indivíduos para o estudo patológico e 10.039 para o estudo clínico.

Os resultados revelaram que quase todos os homozigotos APOE4 exibiam patologia9 da DA e tinham níveis significativamente mais elevados de biomarcadores da DA a partir dos 55 anos em comparação com os homozigotos APOE3.

Aos 65 anos, quase todos apresentavam níveis de amiloide anormais no líquido cefalorraquidiano21 e 75% apresentavam exames de amiloide positivos, com a prevalência22 desses marcadores aumentando com a idade, indicando penetrância23 quase total da biologia da DA em homozigotos APOE4.

A idade de início dos sintomas3 foi mais precoce nos homozigotos APOE4, aos 65,1 anos, com um intervalo de predição de 95% mais estreito do que nos homozigotos APOE3. A previsibilidade do início dos sintomas3 e a sequência de alterações dos biomarcadores nos homozigotos APOE4 espelharam aqueles na DA autossômica24 dominante e na síndrome de Down18.

No entanto, no estágio de demência7, não houve diferenças na tomografia por emissão de pósitrons de amiloide ou tau entre os haplótipos, apesar das alterações clínicas e de biomarcadores anteriores.

O estudo conclui que os homozigotos APOE4 representam uma forma genética da DA, sugerindo a necessidade de estratégias de prevenção, ensaios clínicos4 e tratamentos individualizados.

 

Fontes:
Nature Medicine, publicação em 06 de maio de 2024.
The New York Times, notícia publicada em 06 de maio de 2024.

 

NEWS.MED.BR, 2024. Estudo sugere genética como causa, não apenas como risco, para algumas formas de Alzheimer. Disponível em: <https://www.news.med.br/p/medical-journal/1469572/estudo-sugere-genetica-como-causa-nao-apenas-como-risco-para-algumas-formas-de-alzheimer.htm>. Acesso em: 7 jun. 2024.

Complementos

1 Alzheimer: Doença degenerativa crônica que produz uma deterioração insidiosa e progressiva das funções intelectuais superiores. É uma das causas mais freqüentes de demência. Geralmente começa a partir dos 50 anos de idade e tem incidência similar entre homens e mulheres.
2 Doença de Alzheimer: É uma doença progressiva, de causa e tratamentos ainda desconhecidos que acomete preferencialmente as pessoas idosas. É uma forma de demência. No início há pequenos esquecimentos, vistos pelos familiares como parte do processo normal de envelhecimento, que se vão agravando gradualmente. Os pacientes tornam-se confusos e por vezes agressivos, passando a apresentar alterações da personalidade, com distúrbios de conduta e acabam por não reconhecer os próprios familiares e até a si mesmos quando colocados frente a um espelho. Tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros, iniciam-se as dificuldades de locomoção, a comunicação inviabiliza-se e passam a necessitar de cuidados e supervisão integral, até mesmo para as atividades elementares como alimentação, higiene, vestuário, etc..
3 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
4 Ensaios clínicos: Há três fases diferentes em um ensaio clínico. A Fase 1 é o primeiro teste de um tratamento em seres humanos para determinar se ele é seguro. A Fase 2 concentra-se em saber se um tratamento é eficaz. E a Fase 3 é o teste final antes da aprovação para determinar se o tratamento tem vantagens sobre os tratamentos padrões disponíveis.
5 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
6 Cognitivo: 1. Relativo ao conhecimento, à cognição. 2. Relativo ao processo mental de percepção, memória, juízo e/ou raciocínio. 3. Diz-se de estados e processos relativos à identificação de um saber dedutível e à resolução de tarefas e problemas determinados. 4. Diz-se dos princípios classificatórios derivados de constatações, percepções e/ou ações que norteiam a passagem das representações simbólicas à experiência, e também da organização hierárquica e da utilização no pensamento e linguagem daqueles mesmos princípios.
7 Demência: Deterioração irreversível e crônica das funções intelectuais de uma pessoa.
8 Congênitas: 1. Em biologia, o que é característico do indivíduo desde o nascimento ou antes do nascimento; conato. 2. Que se manifesta espontaneamente; inato, natural, infuso. 3. Que combina bem com; apropriado, adequado. 4. Em termos jurídicos, é o que foi adquirido durante a vida fetal ou embrionária; nascido com o indivíduo. Por exemplo, um defeito congênito.
9 Patologia: 1. Especialidade médica que estuda as doenças e as alterações que estas provocam no organismo. 2. Qualquer desvio anatômico e/ou fisiológico, em relação à normalidade, que constitua uma doença ou caracterize determinada doença. 3. Por extensão de sentido, é o desvio em relação ao que é próprio ou adequado ou em relação ao que é considerado como o estado normal de uma coisa inanimada ou imaterial.
10 Fator de risco: Qualquer coisa que aumente a chance de uma pessoa desenvolver uma doença.
11 Placas: 1. Lesões achatadas, semelhantes à pápula, mas com diâmetro superior a um centímetro. 2. Folha de material resistente (metal, vidro, plástico etc.), mais ou menos espessa. 3. Objeto com formato de tabuleta, geralmente de bronze, mármore ou granito, com inscrição comemorativa ou indicativa. 4. Chapa que serve de suporte a um aparelho de iluminação que se fixa em uma superfície vertical ou sobre uma peça de mobiliário, etc. 5. Placa de metal que, colocada na dianteira e na traseira de um veículo automotor, registra o número de licenciamento do veículo. 6. Chapa que, emitida pela administração pública, representa sinal oficial de concessão de certas licenças e autorizações. 7. Lâmina metálica, polida, usualmente como forma em processos de gravura. 8. Área ou zona que difere do resto de uma superfície, ordinariamente pela cor. 9. Mancha mais ou menos espessa na pele, como resultado de doença, escoriação, etc. 10. Em anatomia geral, estrutura ou órgão chato e em forma de placa, como uma escama ou lamela. 11. Em informática, suporte plano, retangular, de fibra de vidro, em que se gravam chips e outros componentes eletrônicos do computador. 12. Em odontologia, camada aderente de bactérias que se forma nos dentes.
12 Cérebro: Derivado do TELENCÉFALO, o cérebro é composto dos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério contém um córtex cerebral exterior e gânglios basais subcorticais. O cérebro inclui todas as partes dentro do crânio exceto MEDULA OBLONGA, PONTE e CEREBELO. As funções cerebrais incluem as atividades sensório-motora, emocional e intelectual.
13 Neurologista: Médico especializado em problemas do sistema nervoso.
14 Inchaço: Inchação, edema.
15 Urgência: 1. Necessidade que requer solução imediata; pressa. 2. Situação crítica ou muito grave que tem prioridade sobre outras; emergência.
16 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
17 Mutação: 1. Ato ou efeito de mudar ou mudar-se. Alteração, modificação, inconstância. Tendência, facilidade para mudar de ideia, atitude etc. 2. Em genética, é uma alteração súbita no genótipo de um indivíduo, sem relação com os ascendentes, mas passível de ser herdada pelos descendentes.
18 Síndrome de Down: Distúrbio genético causado pela presença de um cromossomo 21 a mais, por isso é também conhecida como “trissomia do 21“. Os portadores desta condição podem apresentar atraso cognitivo, alterações físicas, como prega palmar transversa (uma única prega na palma da mão, em vez de duas), pregas nas pálpebras, membros pequenos, tônus muscular pobre e língua protrusa.
19 Cromossomo: Cromossomos (Kroma=cor, soma=corpo) são filamentos espiralados de cromatina, existente no suco nuclear de todas as células, composto por DNA e proteínas, sendo observável à microscopia de luz durante a divisão celular.
20 Examinando: 1. O que será ou está sendo examinado. 2. Candidato que se apresenta para ser examinado com o fim de obter grau, licença, etc., caso seja aprovado no exame.
21 Líquido cefalorraquidiano: Líquido cefalorraquidiano (LCR), também conhecido como líquor ou fluido cérebro espinhal, é definido como um fluido corporal estéril, incolor, encontrado no espaço subaracnoideo no cérebro e na medula espinhal (entre as meninges aracnoide e pia-máter). Caracteriza-se por ser uma solução salina pura, com baixo teor de proteínas e células, atuando como um amortecedor para o córtex cerebral e a medula espinhal. Possui também a função de fornecer nutrientes para o tecido nervoso e remover resíduos metabólicos do mesmo. É sintetizado pelos plexos coroidais, epitélio ventricular e espaço subaracnoideo em uma taxa de aproximadamente 20 mL/hora. Em recém-nascidos, este líquido é encontrado em um volume que varia entre 10 a 60 mL, enquanto que no adulto fica entre 100 a 150 mL.
22 Prevalência: Número de pessoas em determinado grupo ou população que são portadores de uma doença. Número de casos novos e antigos desta doença.
23 Penetrância: Penetrância é a porcentagem de indivíduos com determinado alelo (dominante ou recessivo) que exibem o fenótipo associado a ele. A expressividade mede o quanto determinado alelo é expresso em um fenótipo. Havendo penetrância variável, a variação genética é mascarada.
24 Autossômica: 1. Referente a autossomo, ou seja, ao cromossomo que não participa da determinação do sexo; eucromossomo. 2. Cujo gene está localizado em um dos autossomos (diz-se da herança de características). As doenças gênicas podem ser classificadas segundo o seu padrão de herança genética em: autossômica dominante (só basta um alelo afetado para que se manifeste a afecção), autossômica recessiva (são necessários dois alelos com mutação para que se manifeste a afecção), ligada ao cromossomo sexual X e as de herança mitocondrial (necessariamente herdadas da mãe).
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