Um ciclo não canônico da vitamina K é um potente supressor de ferroptose
A ferroptose, uma forma não apoptótica de morte celular marcada pela peroxidação lipídica ferro-dependente, tem um papel fundamental na lesão1 de órgãos, doença degenerativa2 e vulnerabilidade de cânceres resistentes à terapia.
Embora progressos substanciais tenham sido feitos na compreensão dos processos moleculares relevantes para a ferroptose, outros processos extrínsecos e intrínsecos à célula3 que determinam a sensibilidade celular à ferroptose permanecem desconhecidos.
Neste estudo, publicado na revista Nature, mostrou-se que as formas totalmente reduzidas de vitamina4 K – um grupo de naftoquinonas que inclui menaquinona e filoquinona – conferem uma forte função antiferroptótica, além da função convencional ligada à coagulação5 do sangue6, atuando como cofator para a enzima7 γ-glutamil carboxilase.
A proteína 1 supressora de ferroptose (FSP1), uma NAD(P)H – ubiquinona redutase e o segundo pilar do controle da ferroptose após a glutationa peroxidase 4, reduziu eficientemente a vitamina4 K à sua hidroquinona, um potente antioxidante de captura de radicais e inibidor de (fosfo)peroxidação lipídica.
A redução da vitamina4 K mediada pela FSP1 também foi responsável pelo efeito antídoto8 da vitamina4 K contra o envenenamento por varfarina. Segue-se que a FSP1 é a enzima7 que medeia a redução da vitamina4 K resistente à varfarina no ciclo canônico da vitamina4 K.
O ciclo não canônico da vitamina4 K dependente de FSP1 pode atuar para proteger as células9 contra a peroxidação lipídica prejudicial e a ferroptose.
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Fonte: Nature, publicação em 03 de agosto de 2022.