Uma única pressão arterial elevada antes de 20 semanas de gestação aumenta o risco de resultados adversos da gravidez
Um estudo publicado na revista científica Obstetrics & Gynecology buscou avaliar os resultados maternos e fetais entre mulheres com uma única pressão arterial1 elevada antes de 20 semanas de gestação.
Foi conduzido um estudo de coorte2 retrospectivo3 de mulheres que deram à luz nos hospitais Kaiser Permanente Southern California entre 1º de janeiro de 2008 e 31 de dezembro de 2019. As participantes foram divididas em dois grupos: normotenso (todas as pressões sanguíneas sistólicas inferiores a 130 mmHg e pressões diastólicas inferiores a 80 mmHg) em comparação a pressão arterial1 elevada única (única pressão sistólica4 de 130 mmHg ou superior, pressão diastólica5 de 80 mmHg ou superior, ou ambas).
Mulheres com hipertensão6 crônica foram excluídas. As comorbidades7 maternas e os resultados maternos e neonatais foram extraídos dos registros eletrônicos de saúde8 usando os códigos da Classificação Internacional de Doenças. Odds ratios ajustados (aORs) derivados de regressão logística foram usados para descrever a magnitude da associação.
De 303.689 mulheres que deram à luz durante o período do estudo, 23% tiveram uma única pressão arterial1 elevada.
As taxas de distúrbios hipertensivos da gravidez9 diferiram entre os dois grupos (10,6% para pressão arterial1 elevada única, 4,5% para o grupo normotenso; aOR 2,06, IC 95% 2,00-2,13), assim como partos prematuros iatrogênicos10 (3,7% vs 2,7%, respectivamente; aOR 1,27, IC 95% 1,21-1,33).
O estudo concluiu que mulheres com uma única pressão arterial1 elevada antes de 20 semanas de gestação apresentam risco aumentado de distúrbios hipertensivos da gravidez9 e parto prematuro iatrogênico11.
Leia mais sobre "O que vem a ser pressão arterial1", "Hipertensão6 da gravidez9" e "Diferenças entre pré-eclâmpsia12 e eclâmpsia13".
Fonte: Obstetrics & Gynecology, Vol. 138, Nº 1, em julho de 2021.