NEJM: teplizumabe, um anticorpo anti-CD3, atrasou o diabetes tipo 1 clínico em parentes em risco de desenvolver a doença
Um estudo publicado pelo The New England Journal of Medicine (NEJM), por pesquisadores do Departments of Immunobiology and Internal Medicine, da Yale University, e de outras universidades colaboradoras, avaliou o papel do teplizumabe, um anticorpo1 anti-CD3, no adiamento da progressão clínica para o diabetes2 tipo 1 em parentes em risco de desenvolver a doença.
Este estudo de fase 2, randomizado3, controlado por placebo4, em dupla ocultação, foi realizado com o uso do teplizumabe (um anticorpo1 monoclonal anti-CD3 não ligado ao receptor Fc) e placebo4, envolvendo parentes de pacientes com diabetes tipo 15 que não tinham diabetes2, mas apresentavam alto risco de desenvolvimento de doença clínica. Os participantes foram divididos aleatoriamente em um único curso de 14 dias de teplizumabe ou placebo4 e o acompanhamento da progressão para diabetes tipo 15 clínico foi realizado com o uso de testes orais de tolerância à glicose6 a intervalos de 6 meses.
Um total de 76 participantes (55 [72%] dos quais tinham idade <18 anos) foram submetidos à randomização — 44 no grupo de teplizumabe e 32 no grupo de placebo4. O tempo médio para o diagnóstico7 de diabetes tipo 15 foi de 48,4 meses no grupo teplizumabe e 24,4 meses no grupo placebo4; a doença foi diagnosticada em 19 (43%) dos participantes que receberam teplizumabe e em 23 (72%) daqueles que receberam placebo4.
A taxa de risco para o diagnóstico7 de diabetes tipo 15 (teplizumabe vs. placebo4) foi de 0,41 (intervalo de confiança de 95%, 0,22 a 0,78; P = 0,006 pelo modelo de riscos proporcionais de Cox ajustado). As taxas anualizadas de diagnóstico7 de diabetes2 foram de 14,9% ao ano no grupo teplizumabe e de 35,9% ao ano no grupo placebo4.
Havia eventos adversos esperados de erupção8 cutânea9 e linfopenia transitória. As células10 T KLRG1+TIGIT+CD8+ foram mais comuns no grupo teplizumabe do que no grupo placebo4. Entre os participantes que eram HLA-DR3 negativo, HLA-DR4 positivo ou anticorpo1 contra o transportador de zinco 8 (anti-Znt8) negativo, menos participantes no grupo teplizumabe do que no grupo placebo4 tiveram diabetes2 diagnosticada.
Concluiu-se que o teplizumabe atrasou a progressão para diabetes2 tipo 1 clínico em participantes de alto risco.
Veja sobre "Como evitar o diabetes tipo 211", "Como reconhecer e evitar a hipoglicemia12", "Diabetes2 autoimune13 latente" e "Comportamento da glicemia14".
Fonte: The New England Journal of Medicine, em 15 de agosto de 2019.