A poluição ambiental está associada ao aumento do risco de distúrbios psiquiátricos nos EUA e na Dinamarca
A busca pelos fatores genéticos subjacentes a transtornos neuropsiquiátricos complexos prosseguiu rapidamente na última década.
Apesar de alguns avanços na identificação de variantes genéticas associadas a transtornos psiquiátricos, a maioria das variantes tem pequenas contribuições individuais ao risco. Por outro lado, o aumento do risco de doença parece ser menos sutil para danos ambientais predisponentes à doença.
Neste estudo, publicado pelo periódico PLOS Biology, pesquisadores buscaram identificar associações entre poluição ambiental e risco de transtornos neuropsiquiátricos.
Foram apresentadas análises exploratórias de dois conjuntos de dados independentes e muito grandes: 151 milhões de indivíduos, representados em um conjunto de dados de sinistros de seguros dos Estados Unidos, e 1,4 milhão de indivíduos documentados em registros nacionais de tratamento na Dinamarca.
Os Índices de Qualidade Ambiental (IQAs) no nível de condado da Agência de Proteção Ambiental nos EUA e a exposição individual à poluição do ar na Dinamarca foram usados para avaliar a associação entre a exposição à poluição e o risco de distúrbios neuropsiquiátricos.
Os resultados mostraram que a poluição do ar está significativamente associada ao aumento do risco de transtornos psiquiátricos. A hipótese dos pesquisadores é que os poluentes afetam o cérebro1 humano por meio de vias neuroinflamatórias, que também demonstraram causar fenótipos semelhantes à depressão em estudos com animais.
Leia sobre "Como a poluição do ar afeta a saúde2", "Saúde2 Mental", "Depressões", "Ansiedade" e "Transtornos afetivos".
Fonte: PLOS Biology, publicação online em 20 de agosto de 2019.