UNIFESP: redução de cargas iônicas pode ajudar na intolerância ao frio de pacientes com síndrome pós-poliomielite
A síndrome1 pós-poliomielite2 (SPP) é caracterizada pelo ressurgimento de sintomas3 que ocorreram no passado na fase aguda da poliomielite2. Entre estes novos sintomas3 encontra-se a intolerância ao frio (IF), que é uma sensibilidade anormal ao frio ou a baixas temperaturas, podendo esta progredir rapidamente para dor, sendo mais comum nas extremidades do corpo.
Recentes pesquisas mostram uma variedade de mudanças positivas dentro da fisiologia4 e da construção bioelétrica do corpo, promovidas pelo aterramento humano. O objetivo deste estudo clínico, duplo cego, realizado na UNIFESP e publicado na revista da Universidade do Ibirapuera, foi verificar se através da termografia infravermelha há alteração na temperatura das extremidades dos membros inferiores (MMII) de pacientes com SPP, ao utilizar a técnica de redução de cargas iônicas.
Para este estudo foi usada como tecnologia de redução de carga iônica o Magicramp®, posicionado embaixo dos MMII de dois pacientes com SPP. A captação das imagens termográficas foi realizada com a câmera FLIR T650sc 25, 640 x 480 pixels. As imagens foram capturadas em quatro situações diferentes, sem o uso da tecnologia e nos tempos de 10, 20 e 30 minutos após a técnica anti-estática; nos dois MMII e depois em cada membro inferior (MI) separadamente. Foi observado que os MMII mais acometidos possuíam menor temperatura e maior heterogeneidade térmica. Após o uso da tecnologia anti-estática foi observada uma maior homogeneidade térmica dos MMII estudados.
Concluiu-se neste trabalho que a redução de cargas iônicas através de tecnologia de aterramento humano demonstrou uma maior homogeneidade térmica nos membros inferiores mais acometidos após o uso do Magicramp®.
É importante notar que novas pesquisas, com maior número de pacientes, são necessárias para melhor observação dos resultados alcançados.
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Fonte: Revista da Universidade de Ibirapuera, número 17, de janeiro a junho de 2019.