Recorrência de câncer de mama invasivo ou morte foi 50% menor com adjuvante T-DM1 do que com trastuzumabe isolado, em trabalho publicado pelo NEJM
Os pacientes que têm câncer1 de mama2 residual invasivo após receber quimioterapia3 neo-adjuvante e terapia com receptor do fator de crescimento epidérmico humano 2 (HER2) têm pior prognóstico4 do que aqueles que não apresentam câncer1 residual. O trastuzumabe entansina (T-DM1), um anticorpo5-conjugado com trastuzumabe (T) e o agente citotóxico6 envansina (DM1), um derivado de maitansina e inibidor de microtúbulos, proporciona benefícios em pacientes com câncer1 de mama2 metastático que foram previamente tratados com quimioterapia3 mais terapia direcionada a tumores HER2.
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Foi realizado um estudo de fase 3, aberto, envolvendo pacientes com câncer1 de mama2 HER2-positivo em estágio inicial, que apresentavam doença residual invasiva na mama2 ou na axila durante a cirurgia após receberem terapia neoadjuvante contendo um taxano (com ou sem antraciclina) e trastuzumabe. Os pacientes foram aleatoriamente designados para receber adjuvante T-DM1 ou trastuzumabe por 14 ciclos.
O desfecho primário foi a sobrevida7 livre de doença invasiva (definida como ausência de recorrência8 de tumor9 de mama2 invasivo ipsilateral, recorrência8 de câncer1 de mama2 invasivo loco regional ipsilateral, câncer1 de mama2 invasivo contralateral, recorrência8 distante ou morte por qualquer causa). Os resultados da pesquisa foram publicados pelo periódico The New England Journal of Medicine (NEJM).
Na análise interina, entre 1.486 pacientes distribuídos aleatoriamente (743 no grupo T-DM1 e 743 no grupo trastuzumabe), doença invasiva ou morte havia ocorrido em 91 pacientes no grupo T-DM1 (12,2%) e 165 pacientes no grupo trastuzumabe (22,2%). A porcentagem estimada de pacientes livres de doença invasiva aos 3 anos foi de 88,3% no grupo T-DM1 e 77,0% no grupo trastuzumabe. A sobrevida7 livre de doença invasiva foi significativamente maior no grupo T-DM1 do que no grupo trastuzumabe (razão de risco para doença invasiva ou morte, 0,50; intervalo de confiança de 95% de 0,39 a 0,64; P<0,001). Recorrência8 distante como o primeiro evento de doença invasiva ocorreu em 10,5% dos pacientes no grupo T-DM1 e 15,9% daqueles no grupo trastuzumabe. Os dados de segurança foram consistentes com o perfil de segurança conhecido de T-DM1, com mais eventos adversos associados ao T-DM1 do que com trastuzumabe isolado.
Entre os pacientes com câncer1 de mama2 precoce HER2-positivo que apresentavam doença residual invasiva após o término da terapia neoadjuvante, o risco de recorrência8 de câncer1 de mama2 invasivo ou morte foi 50% menor com adjuvante T-DM1 do que com trastuzumabe isolado.
Leia também: "Informações e cuidados sobre o câncer1 de mama2", "Prevenção do câncer1" e "Câncer1 de mama2 — preparação para a consulta médica".
Fonte: The New England Journal of Medicine, em 14 de fevereiro de 2019.