Depressão, cognição e marcadores do envelhecimento cerebral
Cientistas da Columbia University, em Nova Iorque, examinaram se sintomas1 depressivos maiores estavam associados ao desempenho cognitivo2 específico de domínio, alteração na cognição3 e marcadores de ressonância magnética4 (RNM) de atrofia5 cerebral e doença cerebrovascular6 subclínica em uma amostra diversificada de idosos do Northern Manhattan Study.
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Os dados foram analisados a partir do Northern Manhattan Study, um estudo prospectivo7 de coorte8 de idosos, principalmente hispânicos caribenhos, sem derrame9 ou acidente vascular cerebral10. Um total de 1.111 participantes tinham, no início do estudo, medidas de sintomas1 depressivos avaliadas pela escala Center of Epidemiological Studies–Depression Scale, de marcadores de ressonância nuclear magnética (RNM) e de função cognitiva11. Uma pontuação igual ou maior que 16 no Center of Epidemiological Studies–Depression Score foi considerada indicativa de sintomas1 depressivos maiores. Modelos multivariáveis de regressão linear e logística foram utilizados para examinar as associações de interesse.
No início do estudo, 22% dos participantes apresentavam sintomas1 depressivos maiores. Estes foram significantemente associados com pior memória episódica basal nos modelos ajustados para variáveis sociodemográficas e comportamentais, fatores de risco vasculares12 e medicação antidepressiva. Sintomas1 depressivos maiores também foram associados com fração parenquimatosa menor e chances aumentadas de infartos cerebrais subclínicos, após ajuste para variáveis sociodemográficas, comportamentais e fatores de risco vasculares12.
Sintomas1 depressivos maiores não foram significativamente associados ao volume de hiperintensidade da substância branca, volume do hipocampo13 ou alteração na cognição3 em uma média de cinco anos. Os resultados permaneceram inalterados quando os pesos de probabilidade inversos estabilizados foram aplicados para abordar o atrito seletivo durante o período do estudo.
Concluiu-se que nesta amostra de idosos hispânicos sem derrame9, a maior sintomatologia depressiva esteve associada à pior memória episódica, menor volume cerebral e enfartes silenciosos.
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Fonte: Neurology, em 9 de maio de 2018