BJOG: posições de sono da mãe podem influenciar na mortalidade fetal tardia
Com o objetivo de relatar se as práticas de sono materno têm influência na mortalidade1 fetal tardia, foi realizado um estudo com publicação online pelo British Journal of Obstetrics and Gynaecology (BJOG).
O estudo prospectivo2 de casos e controles, com mulheres que tiveram uma morte fetal após ≥ 28 semanas de gestação (n=291) e mulheres com gravidez3 em curso no momento da entrevista (n=733), foi feito em quarenta e uma maternidades no Reino Unido.
Os dados foram coletados usando um questionário administrado por entrevistador que incluía perguntas sobre práticas de sono materno antes da gravidez3, nas quatro semanas anteriores ao parto e na noite anterior à entrevista/natimortalidade.
Leia sobre "Teste de gravidez3".
Na análise multivariada, a posição de decúbito dorsal4 na noite anterior à morte apresentou um risco 2,3 vezes maior de mortalidade1 fetal tardia em comparação com o decúbito lateral5 esquerdo. Além disso, as mulheres que tiveram um natimorto foram mais propensas a relatar duração do sono inferior a 5,5 horas na noite anterior ao natimorto, levantar para ir ao banheiro uma vez ou menos e uma cochilada diurna todos os dias. Não foi detectada nenhuma interação entre a posição supina (decúbito dorsal4) e um bebê pequeno para a idade gestacional, índice de massa corporal6 materna ou idade gestacional. O risco atribuível à população para dormir em decúbito7 supino foi de 3,7%.
Este estudo confirma que a posição de decúbito dorsal4 está associada à morte fetal tardia. É necessário um trabalho adicional para determinar se intervenção(ões) pode(em) diminuir a frequência da posição de decúbito dorsal4 e a incidência8 de morte fetal tardia.
Veja também sobre "Ultrassonografia9 na gravidez3", "Gravidez3 de risco", "Teste de Apgar" e "Hipóxia10 neonatal".
Fonte: British Journal of Obstetrics and Gynaecology (BJOG), publicação online de 20 de novembro de 2017