Presentear pacientes internados com flores não é uma boa opção. Em hospitais, as flores representam riscos de infecção.
A presença de flores em hospitais está relacionada a infecções1 (principalmente fúngicas2), à captação de insetos (como formigas, moscas e abelhas) e a casos de alergia3 a pólens. Por isso, apesar de serem uma manifestação de amizade e atenção, elas não são um bom presente para pessoas internadas.
A recomendação para evitar flores no interior de hospitais foi publicada, pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em um manual sobre prevenção e controle de infecção4 hospitalar no tratamento pediátrico. De acordo com este material, já foram descritos casos de transmissão do fungo5 Aspergillus terreus para pacientes6 imunodeprimidos (como os portadores de câncer7 ou do vírus8 HIV9) devido à presença de plantas no ambiente hospitalar. Vários microorganismos patogênicos têm sido isolados de plantas e flores em hospitais, representando potenciais fatores de risco para infecção4.
O ideal é que não haja nenhum tipo de planta nas áreas internas dos hospitais, pois a umidade e a presença de material orgânico em decomposição na terra dos vasos favorece o crescimento de bactérias e de fungos.
Dentro de casa também é necessário ter cuidados, principalmente com as crianças. Recomenda-se não colocar flores nos quartos das crianças pelo risco de elas serem picadas por um inseto ou entrarem em contato com microorganismos presentes na terra, além da chance de envenenamento por plantas tóxicas como a copo-de-leite e a comigo-ninguém-pode.
É necessário se desfazer das flores tão logo elas percam o viço e trocar a água dos vasos diariamente para evitar a proliferação de bactérias e fungos. Para os que gostam de flores, cultivem-nas no jardim, em ambiente ventilado e ensolarado, ou em estufas adequadas para o seu crescimento. A adoção destas recomendações avita os riscos à saúde10 e colabora para o bem-estar de todos.
Fonte: ANVISA
Veja o manual completo em: