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Obesidade vai ultrapassar o álcool como a principal causa de cirrose hepática nas próximas duas décadas, segundo Christopher Hawkey, presidente da British Society of Gastroenterology

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Médico experiente, professor e presidente da British Society of Gastroenterology alertou que a obesidade1 vai ultrapassar o álcool como causa principal de cirrose2 hepática3 em um futuro não muito distante. O comentário do professor Christopher Hawkey veio após uma pesquisa de opinião mostrar que cinco em cada seis pessoas desconhecem a associação entre cirrose2 e excesso de peso. Ele disse também que a obesidade1 é o maior problema a ser enfrentando neste século.

A obesidade1 vai aumentar o risco de desenvolver vários tipos de tumores malignos, vai fazer crescer a necessidade de realização de cirurgias no joelho e no quadril e, projetando para o futuro, ultrapassará o álcool como maior causa de cirrose2 hepática3 dentro de duas décadas.

A pesquisa da British Society of Gastroenterology (BSG) mostrou que, enquanto a maioria das pessoas entendem que a obesidade1 causa diabetes4, hipertensão arterial5 e infertilidade6, poucos compreendem que ela também pode causar certos tipos de tumores malignos ou problemas hepáticos.

A média de idade para mortes por doenças do fígado7 é de 59 anos, comparada a idade entre 82 e 84 para mortes para doenças cardíacas, pulmonares e derrames cerebrais.

A cirrose2 é a quinta maior causa de morte no Reino Unido. Nos últimos 10 anos houve um aumento de cinco vezes nos casos desta doença em pessoas com idades entre 35 e 55 anos.

Para o presidente da BSG, a opção mais saudável é comer pequenas porções várias vezes ao dia e reduzir a ingestão de carnes vermelhas ou mesmo deixar de ingeri-las.

Fonte: guardian.co.uk

NEWS.MED.BR, 2009. Obesidade vai ultrapassar o álcool como a principal causa de cirrose hepática nas próximas duas décadas, segundo Christopher Hawkey, presidente da British Society of Gastroenterology. Disponível em: <https://www.news.med.br/p/saude/51688/obesidade-vai-ultrapassar-o-alcool-como-a-principal-causa-de-cirrose-hepatica-nas-proximas-duas-decadas-segundo-christopher-hawkey-presidente-da-british-society-of-gastroenterology.htm>. Acesso em: 10 out. 2024.

Complementos

1 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
2 Cirrose: Substituição do tecido normal de um órgão (freqüentemente do fígado) por um tecido cicatricial fibroso. Deve-se a uma agressão persistente, infecciosa, tóxica ou metabólica, que produz perda progressiva das células funcionalmente ativas. Leva progressivamente à perda funcional do órgão.
3 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
4 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
5 Hipertensão arterial: Aumento dos valores de pressão arterial acima dos valores considerados normais, que no adulto são de 140 milímetros de mercúrio de pressão sistólica e 85 milímetros de pressão diastólica.
6 Infertilidade: Capacidade diminuída ou ausente de gerar uma prole. O termo não implica a completa inabilidade para ter filhos e não deve ser confundido com esterilidade. Os clínicos introduziram elementos físicos e temporais na definição. Infertilidade é, portanto, freqüentemente diagnosticada quando, após um ano de relações sexuais não protegidas, não ocorre a concepção.
7 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
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