FDA aprova o Truvada, primeiro medicamento para prevenção do HIV
Pela primeira vez, o FDA aprovou um medicamento para a prevenção do HIV1 (vírus2 da imunodeficiência3 adquirida ou AIDS). O Truvada está indicado para adultos soronegativos, mas que estão em risco de infecção4. O medicamento deve ser tomado uma vez ao dia e usado em combinação com práticas de sexo seguro para reduzir a transmissão sexual do HIV1.
Em dois grandes ensaios clínicos5, o uso diário de Truvada reduziu significativamente o risco de infecção4 por HIV1. A redução foi de 42% em um estudo patrocinado pelo National Institutes of Health (NIH), em cerca de 2.500 homens soronegativos homossexuais ou bissexuais e mulheres transexuais, e de 75 % em um outro estudo patrocinado pela Universidade de Washington, em cerca de 4.800 casais heterossexuais em que um parceiro era HIV1 positivo e o outro não.
Debra Birnkrant, diretora da Divisão de Produtos Antivirais do FDA, explica que o Truvada previne o estabelecimento e multiplicação do HIV1 no organismo. Ela observa que, enquanto este é um novo uso aprovado, Truvada não é um novo produto. Ele foi aprovado pelo FDA em 2004 para uso em combinação com outros medicamentos para tratar adultos infectados pelo HIV1 e crianças com mais de 12 anos.
Birnkrant salienta que o Truvada é para ser usado como parte de um plano abrangente de prevenção do HIV1, o qual inclui o uso consistente e correto de preservativo, aconselhamento para redução de risco, testes regulares de HIV1 e o tratamento de outras infecções6 sexualmente transmissíveis.
O Truvada é produzido pela Gilead Sciences Inc., sendo uma combinação de dois medicamentos antiretrovirais usados para tratar o HIV1 (200 miligramas de emtricitabina e 300 mg de tenofovir disoproxil fumarato).
Antes que o Truvada seja prescrito, são necessárias avaliações de vários fatores, tais como sorologia negativa para o HIV1, sinais7 e sintomas8 gripais não podem estar presentes, já que podem indicar o início da infecção4 pelo HIV1, mesmo com testes negativos, dentre outros.
As preocupações de segurança ligadas ao Truvada incluem efeitos sobre ossos e rins9. As pessoas com história de doenças ósseas ou renais devem ser regularmente monitorizadas.
Recomenda-se que a pessoa seja testada para a hepatite10 B, porque o agravamento de infecções6 de hepatite10 B tem sido relatado naqueles que têm HIV1-1 e hepatite10 B, quando o tratamento com Truvada é interrompido.
Fonte: FDA