Mortes de crianças menores de cinco anos são inferiores a 10 milhões por ano pela primeira vez
Dados estatísticos do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) indicam que houve queda nas taxas de mortalidade1 entre crianças menores de 5 anos. O número global de mortes de meninos e meninas caiu a níveis inéditos, atingindo 9,7 milhões de mortes por ano. Em 1990, esse número chegou a quase 13 milhões.
Os dados estatísticos são de 50 países entre 2005 e 2006, e mostram que mais crianças estão sobrevivendo hoje do que em qualquer outro momento.
De acordo com as metas estabelecidas pelas Nações Unidas e assinadas por vários países, incluindo o Brasil, até 2015 o mundo deve reduzir em dois terços o número de crianças que morrem antes de completar o quinto aniversário.
Apesar da boa notícia, Ann Veneman, Diretora Executiva do Unicef, diz que ainda é inaceitável que morram cerca de 9,7 milhões de crianças menores de 5 anos todos os anos, sendo que a maioria dessas mortes podem ser evitadas com o acesso aos serviços de atenção à saúde2 e com o respaldo de sistemas de notificação eficientes.
O declínio das taxas de mortalidade1 entre crianças menores de 5 anos mostra a eficiência das campanhas de vacinação contra o sarampo3; da adoção generalizada de ações e políticas de saúde2 básica, como o aleitamento materno4 precoce e exclusivo; da oferta de suplementos de vitamina5 A e do emprego de mosquiteiros impregnados com inseticida para evitar a malária.
No Brasil, a taxa de mortalidade1 entre crianças menores de cinco anos caiu de 59,6 para 31,1 por mil nascidos vivos entre 1990 e 2005, com base nos números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Isso representa uma redução de 48%. Nos últimos cinco anos, essa redução na taxa significou que as mortes de mais de 20 mil crianças foram evitadas.
Fonte: Unicef