Hipertensão e diabetes: Governo quer subsidiar remédios para 11,5 milhões de pessoas
O documento, que foi ontem, 12 de maio, para o Congresso Nacional com pedido de tramitação de urgência1, permitirá ao governo arcar com parte do custo dos remédios. Medicamentos para hipertensão2 e diabetes3 terão prioridade para receberem a subvenção do governo federal. Com isso, a medida beneficiará cerca de 11,5 milhões de brasileiros que têm essas doenças e hoje não utilizam o Sistema Único de Saúde4 (SUS). Outros medicamentos também serão incluídos no programa gradativamente.
A iniciativa, que é parte integrante do programa Farmácia Popular do Brasil, é mais uma ação do Ministério da Saúde4 para ampliar o acesso da população aos medicamentos.
Para se beneficiar da redução de preço, o consumidor precisará apenas se dirigir a uma farmácia credenciada, levando uma receita médica padronizada. O ministério vai fornecer essa receita especial aos médicos de todo o país. A diminuição no preço para o consumidor vai variar de acordo com o produto, sendo que a subvenção ficará entre 50% e 90% do preço de referência. Para definir o valor de referência, o ministério considerará os menores preços praticados no mercado e as apresentações mais adequadas ao tratamento.
O programa Farmácia Popular do Brasil fornece, à população, medicamentos por um preço até 90% inferior. Está presente em 15 cidades do país, numa rede de 39 farmácias. O programa já colocou à disposição dos brasileiros mais de 5,7 milhões de medicamentos para as doenças de maior incidência5 do Brasil. Entre os dez medicamentos mais procurados nas farmácias populares, oito são indicados para o tratamento de diabetes3 e hipertensão2.
Estima-se em 16,8 milhões o número de brasileiros que sofrem de hipertensão2. Estão cadastrados no SUS cerca de 7,7 milhões, que já recebem os medicamentos gratuitamente. No caso de diabetes3, o número total de portadores no Brasil é de cerca de 5 milhões, dos quais 2,6 milhões são pacientes do SUS. Essas duas doenças são consideradas prioritárias para o Ministério da Saúde4. Serão beneficiados diretamente com a medida os cerca de 11,5 milhões que fazem o tratamento nas farmácias privadas.
Fonte: Ministério da Saúde4