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Saiba mais Sobre a Hiperatividade e a Ritalina

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A hiperatividade ou desordem do déficit de atenção pode afetar crianças, adolescentes e até mesmo adultos. O comportamento hiperativo pode estar relacionado a uma perda da visão1 ou da audição, a um problema de comunicação ou a outros problemas neurológicos. Os sintomas2 vão de leves a graves e, embora a criança hiperativa tenha muitas vezes uma inteligência normal, a desordem se caracteriza por problemas de aprendizado e comportamento. Antes de iniciar um tratamento com medicamentos é necessário diagnóstico3 e acompanhamento rigorosos.

Mudanças na dieta muitas vezes eliminam a necessidade do uso de medicações. A retirada do açúcar4 refinado e de alimentos processados5 que contenham corantes, flavorizantes, adoçantes e conservantes, como benzoatos, nitratos, sulfitos, silicato de cálcio, BHT, BHA, peróxido de benzoíla, emulsificantes, espessantes, estabilizantes, gomas vegetais e amido da dieta são essenciais.

Várias frutas e hortaliças contêm salicilatos que têm implicação na hiperatividade, como amêndoa, maçã, damasco, banana, cereja, uva, limão, melão, nectarina, laranja, pêssego, ameixa, ameixa-seca, passa, framboesa, pepino, ervilha, pimentão-verde, pimenta-malagueta, picles e tomate.

Um estudo publicado no Pediatrics relata que mais de 50% das crianças hiperativas demonstraram redução nos sintomas2 de hiperatividade seguindo uma dieta restritiva que não continha aditivos artificiais e químicos, chocolate, glutamato monossódico, conservantes e cafeína.

A Ritalina ou metilfenidato, muito "em moda" hoje em dia, deve ser usada com critério, evitando o excesso de prescrições que pode levar a efeitos colaterais6 graves. O metilfenidato é um estimulante do sistema nervoso central7 e atua de maneira semelhante às anfetaminas, mas de forma mais branda. Uma diferença adicional é que tem efeitos mais notáveis em atividades mentais do que em atividades motoras. Em crianças com hiperatividade, o metilfenidato produz efeito calmante e melhora a atenção. Foi aprovado pelo FDA em 1955 e tem como efeitos colaterais6 agitação, ansiedade, insônia, depressão, retardo de crescimento, perda de apetite, dor abdominal e perda de peso, podendo causar dependência.

A suspensão abrupta do tratamento a longo prazo pode levar à depressão, esgotamento e até suicídio. Devem ser levadas em consideração as interações medicamentosas como cafeína, pseudoefedrina e inibidores da monoaminoxidase8.

Fonte: Hyperactive Children's Support Group 
           The Food Commission (UK) 
           Psychiatry24x7

Equipe Médica Centralx9

NEWS.MED.BR, 2005. Saiba mais Sobre a Hiperatividade e a Ritalina. Disponível em: <https://www.news.med.br/p/pharma-news/947/saiba-mais-sobre-a-hiperatividade-e-a-ritalina.htm>. Acesso em: 24 abr. 2024.

Complementos

1 Visão: 1. Ato ou efeito de ver. 2. Percepção do mundo exterior pelos órgãos da vista; sentido da vista. 3. Algo visto, percebido. 4. Imagem ou representação que aparece aos olhos ou ao espírito, causada por delírio, ilusão, sonho; fantasma, visagem. 5. No sentido figurado, concepção ou representação, em espírito, de situações, questões etc.; interpretação, ponto de vista. 6. Percepção de fatos futuros ou distantes, como profecia ou advertência divina.
2 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
3 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
4 Açúcar: 1. Classe de carboidratos com sabor adocicado, incluindo glicose, frutose e sacarose. 2. Termo usado para se referir à glicemia sangüínea.
5 Alimentos processados: São aqueles que passam por processamento industrial (larga escala) ou doméstico, contendo elementos químicos. Este processo de transformação, mesmo que caseiro, é percebido como menos saudável que o natural. Geralmente estes produtos sofrem junção com outro tipo de produto, como conservantes, ou alterações em sua temperatura. Exemplo: qualquer produto enlatado, engarrafado ou embutidos.
6 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
7 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
8 Inibidores da monoaminoxidase: Tipo de antidepressivo que inibe a enzima monoaminoxidase (ou MAO), hoje usado geralmente como droga de terceira linha para a depressão devido às restrições dietéticas e ao uso de certos medicamentos que seu uso impõe. Deve ser considerada droga de primeira escolha no tratamento da depressão atípica (com sensibilidade à rejeição) ou agente útil no distúrbio do pânico e na depressão refratária. Pode causar hipotensão ortostática e efeitos simpaticomiméticos tais como taquicardia, suores e tremores. Náusea, insônia (associada à intensa sonolência à tarde) e disfunção sexual são comuns. Os efeitos sobre o sistema nervoso central incluem agitação e psicoses tóxicas. O término da terapia com inibidores da MAO pode estar associado à ansiedade, agitação, desaceleração cognitiva e dor de cabeça, por isso sua retirada deve ser muito gradual e orientada por um médico psiquiatra.
9 Centralx: Empresa fornecedora de produtos e serviços na área de medicina. Fundada em 1989 a Centralx é líder no mercado de softwares e sistemas de informação médicos no Brasil.
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