Dabigatrana associada a maior risco de eventos coronarianos agudos, em estudo publicado pelo Archives of Internal Medicine
Pesquisa publicada pela revista científica Archives of Internal Medicine relata que o uso de etexilato de dabigatrana (Pradaxa) está associado com um risco aumentado de infarto do miocárdio1 ou síndrome2 coronariana aguda em um amplo espectro de pacientes.
O ensaio clínico original RELY (Randomized Evaluation of Long-term Anticoagulant Therapy) já havia sugerido um risco ligeiramente aumentado de infarto do miocárdio1 (IAM) com o uso de etexilato de dabigatrana versus varfarina em pacientes com fibrilação atrial. Os pesquisadores continuaram avaliando o risco desta condição ou da síndrome2 coronariana aguda com o uso de dabigatrana.
Foi realizada uma revisão sistemática de dados do PubMed, Scopus e Web of Science com estudos clínicos randomizados sobre dabigatrana que informavam sobre IAM ou síndrome2 coronariana aguda (SCA) como desfechos secundários.
Sete ensaios clínicos3 foram selecionados (n = 30.514), incluindo dois estudos de profilaxia de acidente vascular cerebral4 (AVC) em pacientes com fibrilação atrial, um de tromboembolismo5 venoso agudo6, um de SCA e três de curto prazo na profilaxia da trombose venosa profunda7. Os grupos controle receberam varfarina, enoxaparina ou administração de placebo8.
A dabigatrana foi significativamente associada com um risco maior de infarto do miocárdio1 ou síndrome2 coronariana aguda, quando comparada aos outros agentes utilizados na pesquisa, em um amplo espectro de pacientes. Os médicos devem considerar a potencial gravidade desses efeitos cardiovasculares nocivos provenientes do uso de dabigatrana.
Fonte: Archives of Internal Medicine, publicação online de 9 de janeiro de 2012