Exposição à radiação ultravioleta B pode reduzir risco de desenvolver artrite reumatoide entre mulheres, publicado pelo Annals of the Rheumatic Diseases
Com o objetivo de examinar a associação entre a exposição à radiação ultravioleta B (UV-B) e o risco de artrite reumatoide1 (AR) entre mulheres que participaram de dois grandes estudos de coorte2 prospectivos, o Nurses’ Health Study (NHS) e o Nurses’ Health Study II (NHSII), foi realizada uma pesquisa publicada pelo Annals of the Rheumatic Diseases.
Um total de 106.368 mulheres do NHS, com idades entre 30 e 55 anos, em 1976, e 115.561 mulheres do NHSII, com idades entre 25 e 42, em 1989, foi incluído na análise de pesquisadores da Harvard Medical School. Foram identificadas as mulheres com AR incidente3 a partir do início de cada coorte4 até 2008 (NHS) e 2009 (NHSII). A média acumulada de UV-B, uma medida composta de exposição ambiental aos raios UV com base na latitude, altitude e cobertura com nuvens, foi estimada de acordo com o local de residência das participantes e classificada como baixa, média ou alta. Estimativas da radiação UV-B ao nascimento e aos 15 anos de idade também foram examinadas.
Os resultados mostraram 1.314 casos incidentes5 de artrite reumatoide1 identificados no total. Entre as participantes do NHS, a maior exposição cumulativa média à UV-B foi associada à diminuição do risco de AR, aquelas na categoria classificada como alta tiveram uma diminuição de 21% no risco de AR comparadas às classificadas como baixa. A UV-B não foi associada ao risco de AR entre as mulheres mais jovens no NHSII. Os resultados foram similares para a UV-B ao nascimento e na idade de 15 anos.
Estes resultados sugerem que a maior exposição ambiental à radiação UV-B foi associada a um risco menor de AR no NHS, mas não no NHSII. Diferenças de comportamento de proteção ao se expor ao sol (por exemplo, o maior uso de protetor solar nas gerações mais jovens) podem explicar os resultados díspares. Especialistas advertem sobre os malefícios do excesso de exposição à luz solar.
Fonte: Annals of the Rheumatic Diseases, de 5 de fevereiro de 2013