Otimismo pode melhorar a saúde e aumentar a longevidade, estudo publicado pelo American Journal of Epidemiology
O estudo coordenado pelo Dr. Eric S. Kim, do Departamento de Ciências Sociais e de Comportamento, da Harvard T.H. Chan School of Public Health, liga o otimismo a um menor risco de danos à saúde1 e ao aumento da longevidade.
Evidências crescentes ligaram atributos psicológicos positivos como otimismo a um menor risco de danos à saúde1, especialmente a doenças cardiovasculares2. Além disso, foi demonstrado em ensaios randomizados que o otimismo pode ser aprendido.
Se as associações entre otimismo e resultados mais amplos de saúde1 são estabelecidas, isso pode levar a novas intervenções que melhoram a saúde1 pública e a longevidade. No presente estudo, avaliou-se a associação entre otimismo e mortalidade3 por causa específica em mulheres, considerando o papel de possíveis variáveis de confusão (características sociodemográficas, depressão) e intermediárias (hábitos de saúde1, condições de saúde1). Foram utilizados dados prospectivos do Nurses’ Health Study (n=70.021).
A disposição otimista foi medida em 2004; todas as causas e as taxas de mortalidade3 por causa específica foram avaliadas de 2006 a 2012. Usando os modelos de risco proporcional de Cox, verificou-se que um maior grau de otimismo estava associado a um menor risco de mortalidade3.
Após ajustes para fatores sociodemográficos de confusão, comparando às mulheres no quartil mais baixo de otimismo, as mulheres no quartil mais alto tiveram uma razão de risco de 0,71 (intervalo de confiança de 95%: 0,66-0,76) para a mortalidade3 por todas as causas. Adicionando hábitos de saúde1, condições de saúde1 e depressão, atenuou-se mas não eliminou-se as associações (hazard ratio=0,91, IC 95%: 0,85-0,97).
As associações foram mantidas para várias causas de morte, incluindo câncer4, doença cardíaca, acidente vascular cerebral5, doença respiratória e infecção6. Dado que o otimismo está associado a numerosas causas de mortalidade3, ele pode ser um alvo valioso para novas pesquisas sobre estratégias para melhorar a saúde1.
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Fonte: American Journal of Epidemiology, publicação online de 7 de dezembro de 2016