Frutose adicionada a alimentos colabora para o aumento da diabetes mellitus, de distúrbios metabólicos relacionados a esta patologia e ao maior risco cardiovascular
Estudo coordenado por James J. DiNicolantonio, publicado no periódico Mayo Clinic Proceedings, mostra que reduzir a ingestão de açúcares adicionados a bebidas e alimentos, principalmente a frutose1, traduziria uma diminuição de morbidades relacionadas à diabetes mellitus2 e uma redução na mortalidade3 prematura das populações.
Dados obtidos em experiências com animais e estudos humanos associam a adição de açúcares (por exemplo, sacarose e xarope de milho rico em frutose1) ao desenvolvimento de diabetes mellitus2 e distúrbios metabólicos relacionados ao aumento do risco para doenças cardiovasculares4 (CV). Particularmente a adição de frutose1 (por exemplo, como um componente da sacarose adicionada ou como o principal componente de adoçantes ricos em frutose1) pode representar o maior problema para a incidência5 de diabetes mellitus2, de distúrbios metabólicos ligadas à diabetes6 e ao risco cardiovascular.
Por outro lado, alimentos integrais que contêm frutose1 (por exemplo, frutas e legumes) não representam um problema para a saúde7 e protegem contra a diabetes6 e patologias cardiovasculares. Várias orientações dietéticas recomendam o consumo de alimentos integrais ao invés de alimentos com adição de açúcares, mas algumas (por exemplo, as recomendações da American Diabetes6 Association) não recomendam restringir os açúcares adicionados a qualquer nível específico contendo frutose1. Outras diretrizes (como a do Instituto de Medicina) permitem que até 25% das calorias8 venham de açúcares adicionados, como da frutose1.
A ingestão de níveis tão elevados de frutose1 adicionada, sem dúvida, agrava o risco para o desenvolvimento de diabetes6 e de suas complicações. Não há necessidade de adicionar frutose1 ou quaisquer açúcares à dieta; a redução da ingestão de 5% do total de calorias8 (o nível agora sugerido pela Organização Mundial de Saúde7) mostrou melhorar a tolerância à glicose9 em seres humanos e diminuir a incidência5 de diabetes6 e de perturbações metabólicas que frequentemente o precedem ou o acompanham.
Fonte: Mayo Clinic Proceedings, volume 90, número 3, de março de 2015