Novos anticoncepcionais à base de drospirenona aumentam o risco de tromboembolismo venoso comparados às pílulas de terceira geração, de acordo com estudo publicado pelo Canadian Medical Association Journal
Novas pílulas anticoncepcionais à base de drospirenona (Yaz e Yasmin, por exemplo) podem levar ao maior risco de tromboembolismo1 venoso quando comparadas às pílulas mais antigas de segunda ou terceira geração.
O estudo populacional de coorte2 realizado por pesquisadores israelenses foi publicado pelo Canadian Medical Association Journal e acompanhou as participantes por sete anos. Foram estudadas 330 mil mulheres que estavam em uso de anticoncepcionais orais à base de drospirenona (Yaz e Yasmin, por exemplo). Os resultados mostraram que estas pílulas mais recentes no mercado levavam a um risco maior de formação de coágulos sanguíneos (tromboembolismo1 venoso). Este risco é mais acentuado nos primeiros meses de uso desta medicação. Passados os primeiros quatro meses de uso da drospirenona, o risco já diminui.
No geral havia pouco mais de seis casos de coágulos venosos por 10 mil usuárias de pílula a cada ano no estudo. Mas o risco passou de 43% para 65% com pílulas contendo drospirenona, em comparação com as mais antigas, chamadas pílulas de segunda ou terceira geração. Este novo risco significa a formação de oito a dez coágulos por 10 mil mulheres por ano.
É importante lembrar que todos os anticoncepcionais estão associados ao maior risco de trombose3 e uma mulher que tenha outros fatores de risco para a formação de coágulos sanguíneos (fumantes, obesas, hipertensas, etc) deve procurar seu médico e avaliar o uso de métodos contraceptivos alternativos. Mulheres fumantes com mais de 35 anos não devem usar pílulas anticoncepcionais.
Deve ser levado em consideração que outros métodos podem não ser tão efetivos para evitar a gravidez4, que por si só também é um grande fator de risco5 para a trombose3 venosa. Para cada 10 mil mulheres que ficam grávidas em um ano, cerca de vinte irão apresentar tromboembolismo1 venoso. Comparando com uma taxa de trombose3 de seis mulheres em 10 mil entre as usuárias de pílulas e com três em 10 mil naquelas que não usam contraceptivos orais.
Fonte: Canadian Medical Association Journal