Pedras na vesícula podem ser fator de risco independente para diabetes mellitus tipo 2, segundo artigo do American Journal of Epidemiology
A presença de pedras na vesícula1 ou nos rins2 já foi associada com a resistência insulínica. Já o risco que essas patologias apresentam para o desenvolvimento do diabetes mellitus3 ainda não está esclarecido.
Em artigo publicado no American Journal of Epidemiology, a presença de pedras na vesícula1 (colelitíase4) foi identificada como um fator de risco5 independente para o desenvolvimento do diabetes mellitus3 tipo 2. A nefrolitíase (pedras nos rins2) não foi associada ao maior risco de desenvolvimento deste tipo de diabetes6.
Participantes do European Prospective Investigation into Cancer7 and Nutrition (EPIC)-Potsdam Study, na Alemanha, relataram 849 novos casos de diabetes mellitus3 tipo 2 entre 25.166 participantes – casos confirmados por seus médicos, durante acompanhamento de sete anos. Após ajustes estatísticos para sexo, idade, circunferência abdominal e fatores de risco relacionados ao estilo de vida, pessoas com pedras na vesícula1 (n=3.293) apresentaram risco aumentado para diabetes mellitus3 tipo 2, enquanto aquelas com pedras nos rins2 (n=2.468) não tiveram aumento no risco para esta doença.
Estes resultados sugerem que a colelitíase4, mas não a nefrolitíase, possa predizer o risco de desenvolvimento do diabetes tipo 28, fornecendo uma oportunidade de intervenção com medidas preventivas.
Fonte: American Journal of Epidemiology, volume 171, número 4, de 15 de fevereiro de2010.