Estatinas reduzem risco de câncer colorretal
Um grupo de pesquisadores da Universidade de Michigan avaliou o uso de estatina em 1953 pacientes com câncer1 colorretal que participam do Molecular Epidemiology of Colorectal Cancer1 Study.
Comparando estes indivíduos com 2015 casos-controle de voluntários compatíveis em idade, sexo e etnia, a equipe descobriu que aqueles que usaram estatinas por no mínimo 5 anos eram significantemente menos propensos a desenvolver a doença do que os que não usaram.
Esta associação tornou-se significativa após ter levado em conta o uso de aspirina ou de outras drogas anti-inflamatórias não-esteróides, o nível de atividade física, a hipercolesterolemia2, a história familiar de câncer1 colorretal, a etnia e o nível de consumo de vegetais. Em contraste, o uso de derivados do ácido fíbrico (fibratos) não protegeu significativamente do câncer1 colorretal, sugerindo que uma propriedade não relacionada à queda geral do colesterol3, mas a uma propriedade específica das estatinas, é a responsável pelo efeito anti-câncer1.
"Devido à participação da hidroximetilglutaril coenzima A redutase na síntese de colesterol3 e no controle do crescimento, as estatinas podem ter uma atividade quimiopreventiva contra câncer1", explica Jenny Poynter (Universidade de Michigan, de Ann Arbor, EUA) e seus colegas. Eles concluíram, no New England Journal of Medicine, que, embora a redução no risco relativo de câncer1 colorretal com o uso de estatinas esteja em 47%, o risco absoluto de desenvolver a doença é provavelmente mais baixo. Não obstante, os cientistas afirmam que as "estatinas merecem uma investigação adicional na quimioprevenção e em experimentações clínicas".
Fonte: The New England Journal of Medicine
Equipe Médica Centralx4