Testes sangüíneos podem predizer a recorrência de câncer gástrico
Pesquisadores coreanos sugerem que um teste sangüíneo que detecte níveis circulantes de uma proteína pode permitir aos médicos identificar pacientes com risco recorrente de câncer1 gástrico.
Embora pacientes que passaram por uma ressecção de um câncer1 gástrico sejam acompanhados regularmente com tomografia computadorizada2 abdominal e dosagens sangüíneas de antígeno3 carcinoembrionário ( CEA ), isto não se traduziu em um método confiável para predizer a recorrência4.
Notando que a reação em cadeia da polimerase (PCR5) pode detectar um gene específico em uma pequena amostra e que estudos prévios relatam a detecção de células6 cancerígenas em linfonodos7, medula óssea8 ou sangue9 periférico usando transcriptase reversa (RT)-PCR5 para o RNAm do gene do CEA (RNAmCEA), Jun Suk e colaboradores da Korea University em Seoul decidiram investigar mais a fundo.
Eles examinaram amostras de sangue9 de 46 pacientes com câncer1 gástrico que tinham feito ressecção curativa prévia, examinando10 a presença de RNAmCEA a cada dois meses usando RT-PCR5.
Os resultados publicados no American Journal of Clinical Oncology mostraram que todos os pacientes que mudaram de RNAmCEA negativo em seu sangue9 periférico para RNAmCEA positivo tiveram recorrência4 de câncer1 gástrico.
Em comparação, nenhum do grupo negativo de conversão, 50% dos que eram sempre positivos e 10,5% dos que eram sempre negativos para RNAmCEA tiveram recorrência4 de câncer1 gástrico. Isto dá uma recorrência4 global de 66,7% para pacientes11 positivos e 5,4% para pacientes11 negativos.
A equipe diz: "Concluímos que a análise de RNAmCEA usando RT-PCR5 em sangue9 periférico parece ser uma ferramenta promissora para a detecção precoce da circulação12 micrometastáticas de células6 tumorais em pacientes com carcinoma13 gástrico, e pode ser usada de forma proveitosa para identificar pacientes com risco de recorrência4". Entretanto, um estudo clínico futuro bem desenvolvido será a garantia para avaliar a significância a longo prazo deste método nas implicações de terapêutica14 e de prognóstico15.
Fonte: American Journal of Clinical Oncology
Equipe Médica Centralx16