Prematuros têm risco maior de eventos adversos durante sedação/anestesia até qual idade?
Bebês1 prematuros e crianças nascidas prematuras frequentemente necessitam de sedação2/anestesia3 para procedimentos diagnósticos e terapêuticos. O objetivo do estudo, publicado pelo periódico Pediatrics, foi determinar a idade em que as crianças que nasceram com menos de 37 semanas de idade gestacional não estão mais em risco aumentado para eventos adversos de sedação2/anestesia3. Além de descrever a natureza e a incidência4 desses eventos adversos.
O estudo observacional, prospectivo5, de crianças que receberam sedação2/anestesia3 para procedimentos de diagnóstico6 e/ou terapêuticos fora da sala de cirurgia pelo Pediatric Sedation Research Consortium contou com a participação de um total de 57.227 pacientes, de 0 a 22 anos de idade, elegíveis para o estudo. Todos os eventos adversos e termos descritivos foram pré-definidos.
Após análises estatísticas, bebês1 prematuros e crianças nascidas prematuras apresentaram taxas maiores de eventos adversos (14,7% versus 8,5%) em comparação com crianças nascidas a termo. A análise revelou um padrão bifásico para o desenvolvimento de eventos adversos à sedação2/anestesia3. Eventos adversos respiratórios e de vias aéreas foram mais comumente relatados. Exames de ressonância magnética7 foram os procedimentos mais realizados em ambas as categorias de pacientes.
Concluiu-se que os pacientes nascidos prematuros são quase duas vezes mais propensos a desenvolver eventos adversos durante sedação2/anestesia3 e esse risco continua até 23 anos de idade. Os pesquisadores recomendam a obtenção da história do nascimento, durante a formulação de um plano de anestesia3/sedação2, com maior consciência de que prematuros e crianças nascidas prematuras podem estar em risco aumentado.
Fonte: Pediatrics, março de 2016