Inatividade física é o maior fator de risco para doenças cardíacas em mulheres acima de 30 anos, publicado pelo British Journal of Sports Medicine
Estimativas recentes sugerem que índice de massa corporal1 (IMC2) alto, tabagismo, hipertensão arterial3 e inatividade física são os principais fatores de risco para a carga global de doenças na Austrália. O objetivo do presente trabalho, coordenado por Wendy Brown, da University of Queensland, foi examinar o risco atribuível populacional (RAP) para doença cardíaca de cada um desses fatores de risco ao longo da vida adulta em mulheres australianas.
Os riscos atribuíveis populacionais (RAPs) foram estimados usando riscos relativos (RR) para cada um dos quatro fatores de risco, como os usados no Global Burden of Disease Study, e as estimativas de prevalência4 do Australian Longitudinal Study on Women's Health, em quinze grupos etários de 22-27 anos (n=9.608) a 85-90 anos (n=3.901).
Os riscos relativos e as estimativas de prevalência4 variaram ao longo da vida. Os riscos relativos variaram de 6,15 para o tabagismo entre as mulheres mais jovens a 1,20 para IMC2 alto e pressão arterial5 elevada nas mulheres mais velhas. A prevalência4 de exposição ao risco variou de 2% para a pressão arterial5 elevada nas mulheres mais jovens a 79% para o IMC2 elevado em mulheres de meia idade. Em mulheres adultas jovens de até 30 anos de idade, o risco populacional mais alto foi atribuído ao tabagismo. De 31 a 90 anos, o maior risco atribuível populacional foi para a inatividade física.
Concluiu-se com os dados do presente estudo que a partir dos 30 anos de idade, o risco populacional para doença cardíaca atribuível à inatividade física supera o de outros fatores de risco, incluindo IMC2 elevado. Programas para a promoção e manutenção da atividade física merecem prioridade muito maior na saúde6 pública para as mulheres ao longo da vida do que aquela atenção que é dada hoje em dia.
Fonte: British Journal of Sports Medicine, publicação online de 8 de maio de 2014