Pediatrics: precisão do oxímetro de pulso na avaliação de crianças com hipóxia
Estudo realizado pelo Hospital Infantil de Los Angeles e pela University of Southern California Keck School of Medicine, com o objetivo de medir a precisão das saturações de oxigênio medida pela oximetria de pulso (SpO2), na faixa de 65% a 97%, foi publicado pelo periódico Pediatrics.
Para crianças com cardiopatia congênita1 cianótica2 ou insuficiência respiratória3 hipoxêmica aguda, os médicos frequentemente tomam decisões com base na oximetria de pulso, na ausência de uma gasometria arterial.
O estudo prospectivo4, de revisão institucional, multicêntrico e observacional foi realizado com dados de cinco unidades de tratamento intensivo pediátricas e incluiu 225 crianças sob ventilação5 mecânica com um cateter arterial. A cada amostra de sangue6 arterial (gasometria arterial), a saturação de oxigênio arterial (SaO2) obtida através de co-oxímetro e a saturação de oxigênio medida por oximetria de pulso (SpO2) eram avaliadas simultaneamente se a SpO2 fosse ≤ 97%.
A menor SpO2 obtida no estudo foi de 65%. Na faixa de SpO2 de 65% a 97%, foram obtidos 1980 valores simultâneos para SpO2 e SaO2. O viés (SpO2-SaO2) variou ao longo do intervalo de valores de SpO2. O viés foi maior na faixa de SpO2 entre 81% e 85%. As medições de SpO2 estavam perto da SaO2 na faixa de SpO2 entre 91% e 97%.
Este estudo identificou que a precisão da oximetria de pulso varia significativamente em função da variação de valores na SpO2. Saturações medidas por oximetria de pulso em média superestimam a SaO2 obtida por co-oxímetro na variação de SpO2 entre 76% e 90%. Melhores algoritmos de oximetria de pulso são necessários para a avaliação precisa das crianças com saturações na faixa hipoxêmica.
Os dados sugerem que os oxímetros de pulso parecem ser mais exatos para uso em crianças com uma maior saturação de oxigênio, como entre 91% e 97%. Eles são provavelmente suficientes para avaliar crianças com doenças respiratórias. Mas, infelizmente, em crianças com saturações mais baixas, tais como entre 76% e 90%, eles tendem a superestimar a saturação real em cerca de 5%. Para as crianças com cardiopatia congênita1 cianótica2 que vivem nesta faixa inferior, os algoritmos de oximetria de pulso podem ser melhorados.
Fonte: Pediatrics, publicação online de 16 de dezembro de 2013