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Menor risco de diabetes tipo 2 para aqueles com níveis elevados de adiponectina, segundo artigo publicado no JAMA

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A equipe de pesquisadores da Universidade de Harvard realizou uma meta-análise para avaliar a associação entre os níveis de adiponectina e o risco de diabetes tipo 21. Foram identificados 13 estudos, com um total de 14.598 participantes e 2.623 novos casos de diabetes tipo 21.

Observou-se que cada aumento de 1-log µg/mL de adiponectina foi associado a uma redução de cerca de 30% de diabetes tipo 21, sendo que os pacientes com risco elevado da doença foram os que mais se beneficiaram da elevação dos níveis deste hormônio2.

Embora os estudos epidemiológicos não possam estabelecer uma relação de causalidade, a consistência da associação entre diferentes populações, a relação dose-resposta e as descobertas dos estudos mecanicistas indicam que a adiponectina pode ser uma abordagem promissora para tentar reduzir o risco de diabetes tipo 21.

Os autores sugerem que os níveis de adiponectina podem ser aumentados por modelos farmacológicos e pelo estilo de vida. A adiponectina é um hormônio2 secretado pelos adipócitos3 e relaciona-se à resistência à insulina4 na obesidade5 e lipodistrofia6, e tem propriedades anti-inflamatórias. Alterações nos genes que codificam a adiponectina predispõem doenças como síndrome metabólica7, resistência à insulina4, obesidade5, diabetes8 e doenças arteriais coronarianas.

Fonte: JAMA, volume 302, número 2, de 8 de julho de 2009

NEWS.MED.BR, 2009. Menor risco de diabetes tipo 2 para aqueles com níveis elevados de adiponectina, segundo artigo publicado no JAMA. Disponível em: <https://www.news.med.br/p/medical-journal/39478/menor-risco-de-diabetes-tipo-2-para-aqueles-com-niveis-elevados-de-adiponectina-segundo-artigo-publicado-no-jama.htm>. Acesso em: 18 abr. 2024.

Complementos

1 Diabetes tipo 2: Condição caracterizada por altos níveis de glicose causada tanto por graus variáveis de resistência à insulina quanto por deficiência relativa na secreção de insulina. O tipo 2 se desenvolve predominantemente em pessoas na fase adulta, mas pode aparecer em jovens.
2 Hormônio: Substância química produzida por uma parte do corpo e liberada no sangue para desencadear ou regular funções particulares do organismo. Por exemplo, a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que diz a outras células quando usar a glicose para energia. Hormônios sintéticos, usados como medicamentos, podem ser semelhantes ou diferentes daqueles produzidos pelo organismo.
3 Adipócitos: Células do corpo que geralmente armazenam GORDURAS na forma de TRIGLICERÍDEOS. Os ADIPÓCITOS BRANCOS são os tipos predominantes encontrados, na maioria das vezes, na cavidade abdominal e no tecido subcutâneo. Os ADIPÓCITOS MARRONS são células termogênicas que podem ser encontradas em recém-nascidos de algumas espécies e em mamíferos que hibernam.
4 Resistência à insulina: Inabilidade do corpo para responder e usar a insulina produzida. A resistência à insulina pode estar relacionada à obesidade, hipertensão e altos níveis de colesterol no sangue.
5 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
6 Lipodistrofia: Defeito na quebra ou na fabricação de gordura abaixo da pele, resultando em elevações ou depressões na superfície da pele. (Veja lipohipertrofia e lipoatrofia). Pode ser causada por injeções repetidas de insulina em um mesmo local.
7 Síndrome metabólica: Tendência de várias doenças ocorrerem ao mesmo tempo. Incluindo obesidade, resistência insulínica, diabetes ou pré-diabetes, hipertensão e hiperlipidemia.
8 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
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