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JAMA: colangiografia intra-operatória pode não ser eficaz para prevenir lesão do ducto comum durante a colecistectomia

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Artigo, publicado pelo The Journal of the American Medical Association (JAMA), investigou a associação entre o uso e o não uso de colangiografia1 intra-operatória durante uma colecistectomia e a lesão2 do ducto comum.

No estudo de coorte3 retrospectivo4 foram identificados beneficiários do Medicare, com 66 anos ou mais de idade, que foram submetidos à colecistectomia hospitalar ou ambulatorial para cólica biliar ou discinesia biliar, colecistite5 aguda ou colecistite5 crônica no período de 2000 a 2009.

Após análises estatísticas verificou-se que de 92.932 pacientes submetidos à colecistectomia, 37.533 (40,4%) foram submetidos à colangiografia1 intra-operatória e 280 (0,30%) apresentaram lesão2 do ducto comum. A taxa de lesão2 do ducto comum foi de 0,21% entre os pacientes com colangiografia1 intra-operatória e de 0,36% entre os pacientes que não passaram pelo procedimento durante a cirurgia.

Concluiu-se que a colangiografia1 intra-operatória não é eficaz como uma estratégia preventiva contra a lesão2 do ducto comum durante a colecistectomia.

Fonte: The Journal of the American Medical Association, de 28 de agosto de 2013

NEWS.MED.BR, 2013. JAMA: colangiografia intra-operatória pode não ser eficaz para prevenir lesão do ducto comum durante a colecistectomia. Disponível em: <https://www.news.med.br/p/medical-journal/375855/jama-colangiografia-intra-operatoria-pode-nao-ser-eficaz-para-prevenir-lesao-do-ducto-comum-durante-a-colecistectomia.htm>. Acesso em: 20 abr. 2024.

Complementos

1 Colangiografia: Estudo diagnóstico das vias biliares que utiliza uma substância de contraste para evidenciar a anatomia das mesmas e comprovar existência de cálculos, deformidades ou compressões externas.
2 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
3 Estudo de coorte: Um estudo de coorte é realizado para verificar se indivíduos expostos a um determinado fator apresentam, em relação aos indivíduos não expostos, uma maior propensão a desenvolver uma determinada doença. Um estudo de coorte é constituído, em seu início, de um grupo de indivíduos, denominada coorte, em que todos estão livres da doença sob investigação. Os indivíduos dessa coorte são classificados em expostos e não-expostos ao fator de interesse, obtendo-se assim dois grupos (ou duas coortes de comparação). Essas coortes serão observadas por um período de tempo, verificando-se quais indivíduos desenvolvem a doença em questão. Os indivíduos expostos e não-expostos devem ser comparáveis, ou seja, semelhantes quanto aos demais fatores, que não o de interesse, para que as conclusões obtidas sejam confiáveis.
4 Retrospectivo: Relativo a fatos passados, que se volta para o passado.
5 Colecistite: Inflamação aguda da vesícula biliar. Os sintomas mais freqüentes são febre, dor na região abdominal superior direita (hipocôndrio direito), náuseas, vômitos, etc. Seu tratamento é cirúrgico.
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