The American Journal of Clinical Nutrition: revisão e meta-análise sobre quais as melhores dietas para controlar o diabetes mellitus tipo 2
Há evidências de que a redução da concentração de glicose1 no sangue2, induzindo a perda de peso e melhora do perfil lipídico3, reduz o risco cardiovascular em pessoas com diabetes tipo 24.
Com o objetivo de avaliar o efeito de diferentes dietas no controle da glicemia5, dos lipídeos e na perda de peso foi conduzida uma revisão sistemática e meta-análise publicada pelo periódico The American Journal of Clinical Nutrition.
Pesquisas do PubMed, Embase e Google Scholar, até agosto de 2011, incluíram ensaios clínicos6 randomizados (ECR), com intervenções que duraram ≥ 6 meses, que comparavam dietas de baixo consumo de carboidratos, vegetarianas, veganas, de baixo índice glicêmico (IG), de alto teor de fibras, dieta mediterrânica e dietas ricas em proteínas7 com dietas de controle; incluindo as de baixa ingestão de gordura8, alto índice glicêmico, dieta da American Diabetes9 Association, da Associação Europeia para o Estudo de Diabetes9 e dietas pobres em proteínas7.
Um total de 20 ensaios clínicos6 foi incluído na análise. As dietas de baixo consumo de carboidratos, dietas com baixo índice glicêmico, dieta do Mediterrâneo e de alta ingestão de proteínas7 levaram a uma melhoria no controle glicêmico, com reduções na hemoglobina glicada10 de -0,12% (P = 0,04), -0,14% (P = 0,008), -0,47% (P < 0,00001) e -0,28% (P < 0,00001), respectivamente; em comparação com suas respectivas dietas de controle, com o maior efeito visto na dieta mediterrânica. Dietas pobres em carboidratos e a dieta do Mediterrâneo levaram à maior perda de peso, -0,69 kg (P = 0,21) e -1,84 kg (P < 0,00001), respectivamente. Um aumento nos níveis de HDL11 foi observado em todas as dietas, exceto na dieta de alta ingestão de proteínas7.
Concluiu-se que as dietas com baixo teor de carboidratos, com baixo índice glicêmico, dieta do Mediterrâneo e dieta com alta ingestão de proteínas7 são eficazes para melhorar vários marcadores de risco cardiovascular em pessoas com diabetes9 e devem ser consideradas na estratégia global de manejo do diabetes9.