American Journal of Epidemiology: mulheres que consomem mais de três porções de alimentos lácteos ao dia são 18% menos propensas a serem diagnosticadas com endometriose
Mulheres que consomem mais de três porções de alimentos lácteos ao dia são 18% menos propensas a serem diagnosticadas com endometriose1, comparadas às que ingerem duas porções.
A etiologia2 da endometriose1 é pouco compreendida e alguns fatores de risco modificáveis foram identificados. Alimentos lácteos e alguns nutrientes podem modular fatores inflamatórios e imunológicos, que estão alterados em mulheres com endometriose1.
Pesquisadores do Epidemiology Center, Brigham and Women's Hospital avaliaram se a ingestão de alimentos lácteos, os nutrientes concentrados em alimentos lácteos e os níveis de 25-hidroxi vitamina3 D (25-OH D) no plasma4 estão associados ao diagnóstico5 de casos novos de endometriose1 confirmados por laparoscopia6 entre 70.556 mulheres norte-americanas no Nurses’ Health Study II. A dieta foi avaliada através de questionário de frequência alimentar. A pontuação para a previsão dos níveis de 25-OH D foi calculada para cada participante. Durante acompanhamento por um período de 14 anos (1991-2005), 737.712 pessoas/ano e 1.385 casos incidentes7 de endometriose1 foram comprovados por laparoscopia6. A ingestão de alimentos lácteos e o baixo teor de gordura8 foram associados a um menor risco desta patologia9. Mulheres que consomem mais de três porções de alimentos lácteos ao dia no total, são 18% menos propensas a serem diagnosticadas com endometriose1, comparadas àquelas que ingerem duas porções ao dia (P = 0,03). Além disso, os níveis de 25-OH D no plasma4 foram inversamente associados à endometriose1. Mulheres no quintil10 mais alto do previsto para os níveis de vitamina3 D apresentaram um risco 24% menor de endometriose1 do que as mulheres no quintil10 mais baixo (P = 0,004).
Os resultados sugerem que maiores níveis de 25-OH D no plasma4 e uma maior ingestão de alimentos lácteos estão associados a um risco diminuído de endometriose1.
Fonte: American Journal of Epidemiology, publicação online de 3 de fevereiro de 2013