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Pediatrics: propranolol diminui volume, coloração e elevação de hemangiomas infantis

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Estudo controlado, randomizado1, publicado no periódico Pediatrics, mostrou que o uso de propranolol ajuda na redução de hemangiomas infantis no que diz respeito ao volume, coloração e elevação.

O estudo mostrou que o cloridrato de propranolol é um medicamento seguro e eficaz para o tratamento de hemangiomas infantis, levando à diminuição do volume, da coloração e da elevação da lesão2.

Quarenta crianças com idades entre 9 semanas e 5 anos, com hemangioma facial ou em locais com potencial para deformação estética, foram aleatoriamente designados para receber propranolol 2mg/kg por dia, dividido em três doses, por seis meses, ou solução oral de placebo3. Houve monitorização da frequência cardíaca, pressão arterial4 e da glicose sanguínea5. Eletrocardiograma6 basal, ecocardiograma7 e avaliações laboratoriais foram realizados. As crianças menores de 6 meses foram admitidas em hospital para acompanhamento após a primeira dose nas semanas 1 e 2.

Diferenças significativas na variação do volume foram observadas entre os grupos, com a maior diferença vista na 12ª semana. Diminuição significativa na vermelhidão e na elevação ocorreu no grupo que recebeu propranolol nas semanas 12 e 24 (P = 0,01 e 0,001, respectivamente). Não houve hipoglicemia8 significativa, hipotensão9 ou bradicardia10 com o uso da medicação. Uma criança descontinuou o estudo por causa de uma infecção11 do trato respiratório superior. Outros eventos adversos incluíram gastroenterite12, bronquiolite, infecção11 estreptocócica, extremidades frias, cárie dentária e distúrbios do sono.

Concluiu-se que o uso de 2mg/kg ao dia de cloridrato de propranolol administrado por via oral reduziu o volume, a cor e a elevação de hemangiomas infantis focais e segmentares em crianças menores de 6 meses e em crianças de até 5 anos de idade.

Fonte: Pediatrics – publicação online de 25 de julho de 2011

 

NEWS.MED.BR, 2011. Pediatrics: propranolol diminui volume, coloração e elevação de hemangiomas infantis. Disponível em: <https://www.news.med.br/p/medical-journal/226930/pediatrics-propranolol-diminui-volume-coloracao-e-elevacao-de-hemangiomas-infantis.htm>. Acesso em: 19 abr. 2024.

Complementos

1 Randomizado: Ensaios clínicos comparativos randomizados são considerados o melhor delineamento experimental para avaliar questões relacionadas a tratamento e prevenção. Classicamente, são definidos como experimentos médicos projetados para determinar qual de duas ou mais intervenções é a mais eficaz mediante a alocação aleatória, isto é, randomizada, dos pacientes aos diferentes grupos de estudo. Em geral, um dos grupos é considerado controle – o que algumas vezes pode ser ausência de tratamento, placebo, ou mais frequentemente, um tratamento de eficácia reconhecida. Recursos estatísticos são disponíveis para validar conclusões e maximizar a chance de identificar o melhor tratamento. Esses modelos são chamados de estudos de superioridade, cujo objetivo é determinar se um tratamento em investigação é superior ao agente comparativo.
2 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
3 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
4 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
5 Glicose sanguínea: Também chamada de açúcar no sangue, é o principal açúcar encontrado no sangue e a principal fonte de energia para o organismo.
6 Eletrocardiograma: Registro da atividade elétrica produzida pelo coração através da captação e amplificação dos pequenos potenciais gerados por este durante o ciclo cardíaco.
7 Ecocardiograma: Método diagnóstico não invasivo que permite visualizar a morfologia e o funcionamento cardíaco, através da emissão e captação de ultra-sons.
8 Hipoglicemia: Condição que ocorre quando há uma queda excessiva nos níveis de glicose, freqüentemente abaixo de 70 mg/dL, com aparecimento rápido de sintomas. Os sinais de hipoglicemia são: fome, fadiga, tremores, tontura, taquicardia, sudorese, palidez, pele fria e úmida, visão turva e confusão mental. Se não for tratada, pode levar ao coma. É tratada com o consumo de alimentos ricos em carboidratos como pastilhas ou sucos com glicose. Pode também ser tratada com uma injeção de glucagon caso a pessoa esteja inconsciente ou incapaz de engolir. Também chamada de reação à insulina.
9 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
10 Bradicardia: Diminuição da freqüência cardíaca a menos de 60 batimentos por minuto. Pode estar associada a distúrbios da condução cardíaca, ao efeito de alguns medicamentos ou a causas fisiológicas (bradicardia do desportista).
11 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
12 Gastroenterite: Inflamação do estômago e intestino delgado caracterizada por náuseas, vômitos, diarréia e dores abdominais. É produzida pela ingestão de vírus, bactérias ou suas toxinas, ou agressão da mucosa intestinal por diversos mecanismos.
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