MicroRNAs são usados para o desenvolvimento de teste que avalia sítio primário de tumores com origem desconhecida
Pesquisadores israelenses, da empresa Rosetta Genomics, informam estar desenvolvendo um teste que usa microRNAs para identificar a origem de tumores malignos espalhados pelo organismo que não têm um sítio primário conhecido.
Existem tumores malignos que aparecem em uma localização metastásica sem um sítio primário conhecido, eles são denominados "câncer1 de origem desconhecida" ou CUP, na sigla em inglês.
O CUP representa 3 a 5 por cento dos cânceres diagnosticados anualmente nos Estados Unidos, de acordo com a Sociedade Americana de Clínica Oncológica. Pacientes com este tipo de tumor2 têm um prognóstico3 reservado, com sobrevida4 média de 5 a 6 meses e índice de sobrevivência5 em um ano menor que 25%.
Identificar a origem primária de um câncer1 é fator-chave para o tratamento e para o prognóstico3 do paciente, já que as quimioterapias são específicas para os tipos tumorais.
Os exames disponíveis até o momento são usados para tentar identificar o tumor2 primário. Isto inclui exame físico, análises histopatológicas de biópsias6, métodos de imagem como radiografia, tomografia computadorizada7, PET scans e endoscopias gastrointestinais. Esses exames são caros e desconfortáveis para o paciente, além disso a habilidade em definir o sítio tumoral é estimada em apenas 20-30% dos casos.
A equipe de pesquisadores da Rosetta Genomics espera identificar um painel de biomarcadores baseado em microRNAs para melhorar a capacidade de identificação de sítios tumorais nos casos do CUP. Os microRNAs são tecido8-específicos e podem ser biomarcadores promissores de sítios tumorais primários.
Este teste será encaminhado no final deste ano para aprovação pelo U.S. Food and Drug Administration - órgão dos Estados Unidos que regulamenta novos medicamentos.
Fonte: Rosetta Genomics