Defeitos em espermatozóides, adquiridos por exposição a toxinas do ambiente, podem ser passados para filhos
Pesquisa da Universidade de Idaho, apresentada no encontro da Sociedade Americana para o Avanço da Ciência, em Boston, nos Estados Unidos, afirma que danos causados a espermatozóides1 pela exposição a toxinas2 presentes no meio ambiente permanecem na linha reprodutiva da família e podem ser passados a futuras gerações.
Os cientistas injetaram um pesticida chamado vinclozolin - conhecido por prejudicar os hormônios - em embriões de ratos. Esta substância provocou alterações genéticas no espermatozóide3 dos machos, inclusive uma série de mudanças associadas à forma humana de câncer4 de próstata5. Os ratos expostos ao vinclozolin apresentaram sinais6 de danos e crescimento exagerado da próstata5, infertilidade7 e problemas renais.
Matthew Anway, coordenador da pesquisa, afirma que esses defeitos nos espermatozóides1 permanecem na linha reprodutiva da família, afetando até quatro gerações.
A quantidade de pesticida usada no estudo foi maior do que qualquer humano poderia ser exposto. No entanto, a importância da pesquisa, segundo Matthew, é demonstrar que um filho homem pode herdar os problemas dos genes do pai, uma vez que os genes alterados permanecem na linha reprodutiva.
Pais que usam bebidas alcóolicas em excesso ou fumam podem não só estar estar se prejudicando, mas também prejudicando seus filhos. O álcool causa defeitos em espermatozóides1 e a nicotina do tabaco afeta não só o sangue8, mas também o esperma9.