Tratamento das paralisias do nervo facial com laser e endermoterapia: pacientes recuperaram os movimentos do rosto e a simetria facial
A paralisia1 do nervo facial2 envolve paralisia1 de origem desconhecida causada por trauma, doença infecciosa ou distúrbios metabólicos.
O objetivo deste estudo foi empregar a terapia a laser de baixa intensidade (TLBI) na recuperação de dois pacientes com paralisia1 do nervo facial2 por trauma e paralisia1 de Bell (PB), respectivamente.
A pesquisa foi realizada pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, e publicado na revista científica Laser Physics Letters. Aplicações de laser e vácuo reverteram a paralisia1 facial sem uso de medicamentos. Os pacientes que participaram da pesquisa recuperaram os movimentos do rosto e a simetria facial. Os pesquisadores acreditam que a técnica pode substituir o uso de corticoides, droga usada para tratar o problema, mas que apresenta contraindicações.
A técnica inovadora testada na pesquisa foi a endermoterapia, também conhecida como vacuoterapia. “Ela foi usada em conjunto com o laser de baixa potência”, relata o dentista Vitor Panhóca, pesquisador do Laboratório de Biofotônica do IFSC e primeiro autor do trabalho. “O método consiste em aplicar o laser e pressão negativa nos tecidos através de ventosas sobre a pele3 e músculos4 que apresentam paralisia1 na face5.”
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A TLBI foi usada com um laser arseneto de gálio e alumínio (780 nm) no primeiro caso e no segundo caso a TLBI (660 nm e 808 nm) foi usada sinergicamente com um aparelho de terapia a vácuo. Nenhum medicamento foi administrado durante o tratamento com laser e terapia a vácuo.
Os tratamentos resultaram em recuperação completa e expressão facial normal em ambos os pacientes, incluindo melhora do movimento facial e simetria facial em repouso.
Com esse resultado em mente, os pesquisadores acreditam que a terapia a laser de baixa intensidade e a terapia a vácuo combinada podem ser uma alternativa de tratamento para diminuir o tempo de recuperação da expressão facial em pacientes normais com paralisia1 do nervo facial2 e paralisia1 de Bell.
Fontes:
Laser Physics Letters, publicação em 07 de dezembro de 2020.
Jornal da USP, notícia publicada em 24 de fevereiro de 2021.