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Metformina oral pode diminuir os níveis de testosterona sérica em homens com diabetes tipo 2 recém-diagnosticado

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Estudo publicado pelo periódico Diabetes1 Care e realizado com o objetivo de investigar o efeito da metformina2 sobre os níveis de testosterona em homens com diabetes mellitus3 tipo 2 (DM2) mostrou que o uso de metformina2 oral pode diminuir os níveis de testosterona sérica, independentemente do controle da glicose4 no sangue5.

Setenta homens com diagnóstico6 recente de DM2 sem tratamento medicamentoso e com HbA1c7 > 9,0% (75 mmol/mol) foram tratados com terapia com bomba de insulina8 intensiva por 5 dias para atingir a normalização da glicose4. Eles foram randomizados para grupos de controle (continuado apenas com insulina9 intensiva) e metformina2 (mais metformina2) (1:1) por um mês. A testosterona foi medida no início do estudo, na randomização e após um mês de tratamento.

Os resultados mostraram que as testosteronas total, livre e biodisponível aumentaram significativamente em 5 dias (todos P <0,001). Após um mês, em comparação com o grupo controle, o grupo da metformina2 tinha menor testosterona total (12,7 vs. 15,3 nmol/L), livre (0,20 vs. 0,24 nmol/L) e biodisponível (4,56 vs. 5,31 nmol/L) (todos com P <0,05).

Concluiu-se neste estudo que, em homens com DM2, a metformina2 oral por um mês pode ter diminuído os níveis de testosterona sérica, independentemente do controle da glicose4 no sangue5. São necessários novos estudos para verificar os efeitos da metformina2 a longo prazo na testosterona.

Fonte: Diabetes1 Care, publicação de fevereiro de 2021

NEWS.MED.BR, 2021. Metformina oral pode diminuir os níveis de testosterona sérica em homens com diabetes tipo 2 recém-diagnosticado. Disponível em: <https://www.news.med.br/p/medical-journal/1388220/metformina-oral-pode-diminuir-os-niveis-de-testosterona-serica-em-homens-com-diabetes-tipo-2-recem-diagnosticado.htm>. Acesso em: 18 abr. 2024.

Complementos

1 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
2 Metformina: Medicamento para uso oral no tratamento do diabetes tipo 2. Reduz a glicemia por reduzir a quantidade de glicose produzida pelo fígado e ajudando o corpo a responder melhor à insulina produzida pelo pâncreas. Pertence à classe das biguanidas.
3 Diabetes mellitus: Distúrbio metabólico originado da incapacidade das células de incorporar glicose. De forma secundária, podem estar afetados o metabolismo de gorduras e proteínas.Este distúrbio é produzido por um déficit absoluto ou relativo de insulina. Suas principais características são aumento da glicose sangüínea (glicemia), poliúria, polidipsia (aumento da ingestão de líquidos) e polifagia (aumento da fome).
4 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
5 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
6 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
7 HbA1C: Hemoglobina glicada, hemoglobina glicosilada, glico-hemoglobina ou HbA1C e, mais recentemente, apenas como A1C é uma ferramenta de diagnóstico na avaliação do controle glicêmico em pacientes diabéticos. Atualmente, a manutenção do nível de A1C abaixo de 7% é considerada um dos principais objetivos do controle glicêmico de pacientes diabéticos. Algumas sociedades médicas adotam metas terapêuticas mais rígidas de 6,5% para os valores de A1C.
8 Bomba de insulina: Pequena bomba implantada no corpo para liberar insulina de maneira contínua ao longo do dia. A liberação de insulina é comandada pelo usuário da bomba, através de um controle remoto. Podem ser liberados bolus de insulina (várias unidades ao mesmo tempo) nas refeições ou quando os níveis de glicose estão altos, baseados na programação feita pelo usuário.
9 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
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